A novidade nas próximas pesquisas de intenções de voto será a inclusão do engenheiro Chico França, pré-candidato a prefeito de Itabuna pelo Partido Liberal (PL).
Não haverá nenhuma mudança significativa em relação as enquetes mais recentes. O primeiro, segundo, terceiro e o quarto colocados vão continuar nas suas posições.
A diferença de quem está na frente em relação ao adversário que vem logo em seguida, obviamente o segundo colocado, que chega a mais de dois dígitos, vai continuar.
O que pode acontecer é uma queda no índice de rejeição ao prefeiturável do PT, o ex-alcaide Geraldo Simões, e uma pontuação, ainda que bem tímida, de Chico França, que tende a crescer em decorrência de dois fatores : ser o novo no processo sucessório e ter a simpatia do eleitorado que se identifica com o campo da direita.
Uma considerável parcela de quem vai às urnas costuma votar no candidato que nunca disputou um pleito. Foi o que aconteceu com o médico Antônio Mangabeira na sucessão de 2016. O então candidato pelo PDT chegou a constar no site do TSE como eleito. O resto da história até as freiras do convento das Carmelitas sabem.
O grande desafio na campanha de Chico França é como penetrar na periferia, concorrer com Pancadinha, Azevedo, Geraldo Simões e a máquina municipal. Tem bairro que de 10 pessoas entrevistadas, 7 declaram o voto no deputado estadual Fabrício Pancadinha, eleito pelo Solidariedade.
No mais, esperar as próximas consultas para uma análise mais consistente e menos especulativa.
PS (1) - Especular no mundo do jornalismo político é perfeitamente aceitável, desde que dentro de uma certa lógica e sem nenhuma irresponsável invencionice. Seria ridículo dizer que Geraldo Simões pode ser o vice na chapa da reeleição de Augusto Castro (PSD). O leitor, com toda razão do mundo, não perdoaria. A modesta Coluna Wense iria para o beleléu, como diz a sabedoria popular.
PS (2) - Esse "já perdeu" que está sendo entoado pela oposição no tocante ao segundo mandato do chefe do Executivo, além de ser desaconselhável, é de um erro inominável. O prefeito não pode ser menosprezado, desdenhado. Augusto não é marinheiro de primeira viagem. Se fizer o que está sendo prometido vai ser um adversário forte. Os "jás" no processo político - o "já ganhou" e o "já perdeu" - terminam fazendo com que o tiro acerte o próprio pé. O otimismo é necessário, mas em excesso pode levar a uma avaliação equivocada do cenário eleitoral.
Marco Wense
Itabunense, Advogado e Articulista de Política
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