Uma eventual desistência de um pré-candidato a prefeito pode acontecer antes ou depois das convenções partidárias, que tem o prazo de 20 de julho a 5 de agosto para serem realizadas.
Na convenção, não só dos partidos como das federações, se delibera sobre a escolha de quem vai encabeçar a majoritária, o vice, os postulantes ao Legislativo municipal e as coligações.
O instituto da federação é mais um jeitinho brasileiro para manter a sobrevivência política de algumas siglas, dando um chega pra lá na temida cláusula de barreira.
Quando uma coligação, federação ou um partido sozinho tem um bom tempo no horário eleitoral, o prefeiturável acha que pode melhorar sua performance nas pesquisas de intenções de voto pelo chamado "palanque eletrônico".
Outro ponto é o fundo eleitoral. O candidato se empolga com a possibilidade de receber uma boa quantia dos cofres públicos, que a promessa dos dirigentes partidários será cumprida.
Assentada na ingenuidade de acreditar no que foi prometido, na palavra do cacique, vem a decepção. O que passa a prevalecer é o pragmatismo, que manda o seguinte recado : ou melhora nas pesquisas ou vai ficar difícil manter a candidatura.
Até as freiras do convento das Carmelitas sabem que esse "manter a candidatura" diz respeito ao aspecto financeiro, ao faz-me rir, como costuma dizer a sabedoria popular.
Portanto, o melhor conselho para os prefeituráveis é que fiquem atentos para as manobras de cima para baixo, que acontecem nos bastidores, longe dos holofotes e do povão de Deus.
O manda quem pode, obedece quem tem juízo, é implacável. Vem à tona, sem dó e piedade, a qualquer momento. O cafuné vira cascudo.
Eles, os caciques, os que se acham donos das agremiações partidárias, deixando de fora as poucas exceções, são portadores de um inominável cinismo ou, se o caro leitor preferir, de uma monstruosa falsidade.
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