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O INFERNO ASTRAL DE BOLSONARO E A INELEGIBILIDADE

Coluna Wense, 7 de janeiro de 2025

Marco Wense
Por Marco Wense
O INFERNO ASTRAL DE BOLSONARO E A INELEGIBILIDADE
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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro pelo crime de tentativa de golpe de Estado. 

Dos cinco ministros da Alta Corte, quatro votos já são considerados como certos para incriminar o ex-chefe do Palácio do Planalto : Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Cármen Lúcia. A dúvida fica com Luiz Fux.

Para o azar de Bolsonaro, dois fatos vão terminar levando a votação para o placar de 5x0 : a pesquisa divulgada pela Quaest, apontando que 86% dos brasileiros reprovam os atos de 8 de janeiro de 2023, e a premiação (Globo de Ouro) recebida por Fernanda Torres pelo filme "Ainda Estou Aqui", sobre a violência do regime militar na década de 60. 

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A principal consequência desse julgamento é o reforço da opinião de que a inelegibilidade de Bolsonaro é irreversível. Ficar fora da disputa no pleito de 2026 é dado como favas contadas. Matematicamente falando, 2+2=4. 

Presidenciáveis identificados com o campo da direita vão intensificar a busca pelo apoio do bolsonarismo. O problema é que a liderança-mor desse segmento ideológico, obviamente o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), não confia em nenhum deles : os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ronaldo Caiado (União Brasil), Romeu Zema (Novo) e Ratinho Junior (PSD), respectivamente de São Paulo, Goiás, Minas e Paraná. 

Nos bastidores da cúpula do núcleo duro do bolsonarismo, a posição que prevalece é a de que qualquer um desses pré-candidatos à sucessão de 2026, sendo eleito para o cargo mais cobiçado do Poder Executivo, vai dar um chega pra lá no bolsonarismo e, principalmente, no "mito". 

Começa a tomar corpo um movimento para que o nome do candidato que vai ter Bolsonaro como invejável "cabo eleitoral" seja um dos filhos do ex-presidente ou até mesmo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. 

Esse movimento é assentado no argumento de que é melhor perder a eleição do que ter um adversário na presidência da República, que passaria a ser um ex-bolsonarista assim que assumisse o comando da República. 

Concluo dizendo que dois ditados populares passam a tomar conta do bolsonarismo rotulado de raiz : "seguro morreu de velho" e "é melhor prevenir do que remediar".

Ingratidão e traição são ingredientes inerentes ao movediço e cruel mundo da política.

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Marco Wense

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Marco Wense

Itabunense, Advogado e Articulista de Política

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