Entra e sai governo e tudo continua como dantes no quartel de Abrantes : o morador mais ilustre do Alvorada fazendo de tudo para colocar os "seus" no Supremo Tribunal Federal (STF).
A instância máxima do Poder Judiciário vai ficando cada vez mais atrelada a interesses de grupos políticos, perdendo assim sua imprescindível independência, que há muito tempo vem sofrendo arranhões.
O Estado Democrático de Direito tem várias vigas de sustentação. Uma delas é uma Justiça sem nenhum tipo de atrelamento com corporações partidárias.
O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) usou até a expressão "terrivelmente evangélico" para indicar André Mendonça, ex-advogado-geral da União, para uma cadeira na Alta Corte.
Agora, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem o "terrivelmente companheiro", que é Flávio Dino, atual ministro da Justiça e Segurança Pública, senador eleito pelo PSB do Maranhão.
O preceito constitucional do "notável saber jurídico", condição sem a qual não pode ser ministro do STF, conditio sine qua non, está sendo empurrado para um segundo plano, cedendo seu lugar para o "notável aliado político".
E assim caminha a Justiça brasileira, com um Supremo Tribunal Federal cada vez mais perdendo sua independência, com seus ministros devendo "favor" ao presidente da República que o indicou.
Pelo andar da carruagem, se não houver um freio nessa escancarada ingerência política, a honrada instituição vai perder sua credibilidade com os brasileiros e as brasileiras.
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Delliana Ricelli Ribeiro, pré-candidata a prefeita de Itabuna pelo PSOL, será sabatinada pelos "senadores" do Café Pomar na primeira segunda-feira, 4, do natalino mês de dezembro. Delliana, que tem um invejável currículo, é mestra em Linguagens, bacharelanda em Comunicação Social, membro do Conselho da Mulher de Itabuna e idealizadora do Movimento Popular Resistir. É grande a expectativa para ouvir a prefeiturável do PSOL. Vale lembrar que Lisdeili Nobre, da Rede Sustentabilidade, se saiu muito bem na sabatina.
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