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Política

PSB E PCDOB NÃO PODEM SER TRATADOS COMO "REFUGOS"

COLUNA WENSE, QUARTA-FEIRA, 5 DE JULHO DE 2023.

Marco Wense
Por Marco Wense
PSB E PCDOB NÃO PODEM SER TRATADOS COMO
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O PSB e PCdoB vivem sonhando com o apoio do PT na sucessão de Salvador. Em todo pleito para o comando do Palácio Thomé de Souza, a ingenuidade dessas duas legendas vem à tona. 

Comunistas e socialistas sempre esperançosos de que seu prefeiturável pode ser o candidato da base aliada. Lançam mão do argumento de que são aliados históricos do lulopetismo. Na hora da onça beber água vem a defenestração sem dó e piedade. A frieza dos "companheiros" salta aos olhos. Lembra a temperatura da barriga da lagartixa. 

Em curso, mais uma inocência do PCdoB e PSB, respectivamente com Olívia Santana e Lídice da Mata. A chance de uma ou da outra de ser a cabeça da majoritária para enfrentar o segundo mandato consecutivo do atual alcaide Bruno Reis, do União Brasil, sigla que tem ACM Neto como secretário nacional, é de zero. E mais: nenhuma das duas sequer será vice. 

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Nos bastidores da sucessão soteropolitana, o que se comenta, entre os partidos que integram o jeronismo, é que as duas legendas querem mesmo é reivindicar preciosos espaços na prefeitura em troca da desistência de candidatura própria. 

Acredito mais na infantilidade dessas duas agremiações partidárias, uma espécie de, digamos, "masoquismo político". PCdoB e PSB, sem nenhum dúvida os partidos da base aliada mais fiéis ao petismo, precisam compreender que ocupam as últimas posições na lista dos pré-candidatos que postulam o apoio não só do governador Jerônimo Rodrigues, como do senador Jaques Wagner e do ministro Rui Costa, chefe da Casa Civil do governo Lula 3. 

PCdoB e PSB, pela suas histórias de luta, sempre ao lado de Lula nos momentos difíceis, não podem ser tratados como "refugos" no processo sucessório de Salvador.

Concluo dizendo que a mais perversa apunhalada pelas costas, quando não é dada com uma arma branca, é a da ingratidão.

 A sucessão municipal está fazendo lembrar o pleito presidencial de 2022. É só substituir o presidenciável pelo prefeiturável. Uma parte significativa do eleitorado anda dizendo que tal pré-candidato é o melhor nome para ser o próximo gestor de Itabuna, mas que vai votar em fulano. Depois se queixa de ter sufragado esse fulano, beltrano ou sicrano. Aí não tem mais jeito. O leite já foi derramado do vasilhame ou, se o caro leitor preferir, a "Inês é morta". O leite não volta para o recipiente e nem a Inês ressuscita.

 

PANCADINHA VERSUS GERALDO SIMÕES

Em artigo no site O Trombone, o advogado Carlos Sodré prever uma disputa pela Prefeitura de Itabuna polarizada entre o deputado estadual Fabrício Pancadinha (Solidariedade) e o ex-prefeito Geraldo Simões (PT). Sodré, que é geraldista sem ser do Partido dos Trabalhadores, acredita que o presidente Lula vai entrar de corpo e alma na campanha de Geraldo. Se a previsão sodreriana acontecer, a primeira coisa que o ex-alcaide tem que fazer é conversar com uma ala do PT local que anda insinuando que prefere ver o companheiro derrotado do que ser votado por quem sufragou o então candidato Bolsonaro na sua tentativa de se reeleger. Os radicais do petismo de Itabuna vão terminar virando "cabos eleitorais" de Pancadinha. E de graça, sem nenhum custo para o parlamentar. O extremismo desses petistas chega a ser assustador. O ex-prefeito tem dito, em conversas reservadas, com pessoas de sua inteira confiança, que esses "companheiros" estão cometendo um grande erro, condenando assim a doentia soberba. 

 

 

 

Marco Wense

Itabunense, Advogado e Articulista de Política

 

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Itabunense, Advogado e Articulista de Política

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