Ainda é muito cedo para falar dos pré-candidatos a vice-prefeito de Itabuna. O assunto, no entanto, já é ventilado nos bastidores.
A disputa para integrar a chapa majoritária tende a ficar mais acirrada em 2024, faltando menos de dois meses para as convenções partidárias.
O confronto para ser vice pode ser visto como um indicativo de que o prefeiturável tem força política, possibilidade de sair vitorioso no processo eleitoral. Ninguém vai querer ser vice de um candidato sem nenhuma perspectiva de ganhar o pleito.
Os desejosos para ser vice não perdem uma pesquisa de intenções de voto. O candidato a prefeito que estiver com uma pontuação ruim é logo descartado, sem dó e piedade.
Mas não basta só a vontade de ser vice. Há também os critérios exigidos por quem encabeça a majoritária. Cito cinco : 1) ser filiado a um partido que tenha um bom tempo no horário eleitoral. 2) boa penetração no eleitorado que o candidato tenha dificuldade. 3) que não cause nenhum tipo de problema, principalmente no que diz respeito a vida pregressa. 4) que possa contribuir com uma ajuda financeira. 5) ser confiável.
Muitas vezes um pré-candidato convida outro para ser vice com o intuito de saber a reação do convidado. Como aconteceu com o prefeito Augusto Castro (PSD) em relação a Isaac Nery (Republicanos), que também fez a proposta a Chico França (PL).
Isaac disse não ao gestor do cobiçado centro administrativo Firmino Alves, que sua candidatura vai até o fim, que tem a garantia do deputado-bispo Márcio Marinho, presidente estadual do Republicanos.
Chico França, que foi convidado pessoalmente por Isaac, achou graça e ficou irritado quando o prefeiturável disse que sua campanha não iria crescer, que o melhor caminho era o de compor a majoritária como candidato a vice-prefeito.
Só um ponto é dado como favas contadas no tocante a vice : que o deputado Rosemberg Pinto (PT), líder do governador Jerônimo Rodrigues na Assembleia Legislativa, é quem vai indicar o vice de Augusto caso a federação PT/PCdoB/PV não tenha candidato na disputa da sucessão de 2024.
Em que pese negar veementemente que não é pretendente a ser vice de Augusto, o vereador do PT, Manoel Porfírio, tem seu nome citado nas conversas sobre o vice do alcaide. Assim como Rosivaldo Pinheiro, secretário de Governo, e Júnior Brandão, secretário de Promoção Social e Combate a Pobreza. O retorno de Brandão ao PT é a prova inconteste do seu desejo.
Todo prefeiturável sonha com um vice ideal. O do deputado Fabrício Pancadinha (Solidariedade) é Capitão Azevedo (PDT). Com efeito, essa é a missão de ACM Neto, secretário-nacional do União Brasil e ex-gestor soteropolitano por duas vezes.
Concluo dizendo que todo vice é um potencial prefeiturável no próximo pleito sucessório. Portanto, o melhor conselho para o chefe do Executivo de plantão é "um olho no padre, outro na missa", como diz a sabedoria popular.
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