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O VICE DE AUGUSTO CASTRO

Coluna Wense - Sexta dia 16 de junho

Marco Wense
Por Marco Wense
O VICE DE AUGUSTO CASTRO
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A declaração do licenciado vereador Manoel Porfírio (PT) de que não será o vice de Augusto Castro (PSD), pré-candidato a um segundo mandato, deixou o prefeito de Itabuna mais à vontade para escolher seu companheiro na majoritária da reeleição. 

O edil foi incisivo. Descartou veementemente a possibilidade de integrar a chapa. Disse até que essa especulação estava prejudicando seu projeto de se reeleger. "Não há nenhuma hipótese de eu ser vice de Augusto", finalizou Porfírio em conversa com este modesto comentarista político.

Como há uma escassez de nomes no PT que defende o apoio do partido à reeleição do chefe do Executivo, a vaga da vice vai ser disputada por outras legendas que dão sustentação política ao governo municipal, incluindo aí o PCdoB. 

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Vale lembrar que o "outro" PT, o ligado a Geraldo Simões, continua firme na opinião de que a federação com o PCdoB e PV terá candidatura própria. Pela andar da carruagem, o imbróglio será resolvido de cima para baixo, pelo comando nacional do trio partidário. 

Vou repetir pela nona ou décima vez que Geraldo Simões tem que ter uma melhora significativa nas pesquisas de intenções de voto, acompanhada de uma queda na rejeição, para ter sua legítima pretensão de governar Itabuna pela terceira vez viabilizada, com o aval das três principais lideranças do lulupetismo da Boa Terra : o governador Jerônimo Rodrigues, senador Jaques Wagner e o ministro Rui Costa, chefe da Casa Civil.

Geraldo sabe disso. Tem consciência de que um crescimento nas enquetes é imprescindível para convencer os companheiros de que sua candidatura tem chance de sair vitoriosa. Não à toa que é o prefeiturável que mais se movimenta, fazendo um trabalho de "formiguinha". 

Outro ponto é que a demonstração de que pode vencer o pleito de 2024 ameniza a pressão que o senador Otto Alencar, presidente estadual do PSD, deve fazer para que as lideranças do PT citadas acima apoiem o segundo mandato de Augusto. O governador Jerônimo Rodrigues, por exemplo, quando for questionado sobre o segundo mandato do prefeito, vai dizer que o candidato do seu partido tem chance de ganhar. 

Augusto Castro, em conversas reservadas, restritas a correligionários bem próximos, de sua inteira confiança, dar como favas contadas de que terá o apoio do governador Jerônimo Rodrigues. Não acredita que a composição PT/PCdoB/PV tenha candidatura própria. Mas comunga com a opinião de que se Geraldo Simões crescer nas pesquisas, as coisas podem mudar. O vento da candidatura própria pode soprar com mais força e remover os obstáculos.

Em relação ao seu vice, o chefe do Executivo municipal sabe que um nome apontado pelo PCdoB seria o pior caminho, o que levaria a majoritária a ficar mais "esquerdizada", dificultando sua penetração no eleitorado de direita, que tende a votar no médico Isaac Nery e no engenheiro Chico França, respectivamente prefeituráveis pelo Republicanos e PL. Diria até que se Augusto não conseguir uma boa votação no campo da direita não será reeleito.

A disputa para ser vice de Augusto Castro só ficará acirrada se o alcaide mostrar que pode quebrar a virgindade do tabu da reeleição, ficando na história política do município como o primeiro gestor a conquistar o segundo mandato consecutivo.

Esse é o cenário de hoje. Amanhã pode ser outro bem diferente ou não. Como sempre digo, surpresas e sobressaltos são inerentes ao movediço e traiçoeiro mundo da política.

 

 

 

 

Marco Wense

Itabunense, Advogado e Articulista de Política

 

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Itabunense, Advogado e Articulista de Política

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