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Política

NUVENS CINZENTAS 

Coluna Wense, 26 de fevereiro de 2025

Marco Wense
Por Marco Wense
NUVENS CINZENTAS 
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No sertão nordestino, nuvens cinzentas causam logo um alvoroço, uma alegria contagiante. É sinal de chuva. Na política, o que se comemora é o chamado "céu de brigadeiro". 

O "avião" da reeleição do presidente Lula, em decorrência das nuvens cinzentas, não pode decolar. A espera tende a demorar, já que não há qualquer previsão de mudança no tempo. 

Politicamente falando, o tempo do parágrafo anterior são as pesquisas. O pior é que vem uma atrás da outra e o resultado é o mesmo : aumento na desaprovação do terceiro mandato do presidente Lula (PT). 

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A mais recente sondagem é do instituto Quaest, apontando que o antilulismo vem crescendo muito rápido, assustando até os petistas mais confiantes, que comungam com a opinião de que o "inferno astral" vai passar, que é só uma questão de tempo. 

Situação é complicada. A Quaest aponta que 60% do eleitorado dos três maiores colégios eleitorais do país - São Paulo, Minas e Rio - desaprovam o presidente Lula. A pior notícia, no entanto, se refere ao nordeste. A enquete diz que o lulismo vai perdendo força entre os nordestinos. 

Outro problema é que o PT não tem outra opção dentro da legenda, um petista, digamos, ao modo Lula. É como um time de futebol que não tem bons reservas. O grande culpado foi o próprio Lula que não preparou uma liderança. Só olhava para o próprio umbigo. 

Fico a imaginar o arrependimento que tem o ex-mandatário do país, Jair Bolsonaro (PL), das besteiras que fez, atirando no próprio pé, tendo como consequência a sua inelegibilidade decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ficando assim impedido de disputar a sucessão de 2026. 

Bolsonaro, no entanto, preferiu agir fora "das quatro linhas da Constituição", passando por cima da Lei Maior. De público, dando entrevista, o Bolsonaro 1, democrático e patriota. Nos bastidores, longe dos holofotes e do povão de Deus, Bolsonaro 2, inconformado com a derrota, instigando seus fanáticos seguidores a não aceitar a posse de Lula. 

O ex-chefe do Palácio do Planalto vai ter que se contentar com a indicação de um dos filhos para o cargo de vice-presidente na majoritária que vai enfrentar Lula, provavelmente o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL). Encabeçando a chapa, Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo. 

O "avião" da reeleição só vai decolar depois de uma melhora significativa no tempo, com as nuvens cinzentas dissipando.

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Marco Wense

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Marco Wense

Itabunense, Advogado e Articulista de Política

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