O ex-ministro Geddel Vieira Lima publicou no Instagram que o MDB retirou à pré-candidatura do vice-governador Geraldo Júnior à sucessão de Salvador. Pelo andar da carruagem, com a base aliada jeronista perdida, o pleito de 2024 caminha para reeleger Bruno Reis, postulante a um segundo mandato pelo União Brasil, logo no primeiro turno. A declaração do ex-ministro deixou os políticos sobressaltados, já que os irmãos Vieira Lima, Geddel e, principalmente, Lúcio, presidente de honra do emedebismo da Boa Terra, não são de jogar a toalha. E aí, a pergunta que mais se faz agora, depois desse inesperado anúncio, é sobre o verdadeiro motivo que provocou o recuo do vice-governador, que andava feliz da vida com a possibilidade de ser o candidato do lulismo para o comando do cobiçado Palácio Thomé de Souza. Os irmãos Vieira Lima e o vice-governador Geraldo Júnior ficam devendo ao eleitorado soteropolitano um urgente esclarecimento. O silêncio só vai alimentar o disse-me-disse na oposição, que já diz, maldosamente, que o rompimento político entre Geraldo Júnior e o PT é só uma questão de tempo..
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O ALÔ DE LÚCIO
O celular tocou. Conheci logo pela voz que era Lúcio Vieira Lima, presidente de honra do MDB da Boa Terra. O ex-deputado federal disse que a pré-candidatura do vice-governador Geraldo Júnior ao Palácio Thomé de Souza continua firme, mas que deixaria de existir se o governador Jerônimo Rodrigues (PT) achar que o nome de Antônio Brito, lançado pelo senador Otto Alencar, comandante-mor estadual do PSD, tem mais condições de unir a base aliada. "Tudo bem. Não vamos criar problema para o governador Jerônimo. Se ele indicar Antônio Brito, apoiaremos", declarou Lúcio, deixando bem claro que já passou da hora de definir o nome que vai enfrentar Bruno Reis, postulante do União Brasil a um segundo mandato pelo instituto da reeleição. Não se sabe qual a verdadeira intenção de Lúcio. A mais comentada é que o emedebista, com essa decisão de apoiar Brito, que faz um bom trabalho na Câmara dos Deputados, espera como contrapartida o apoio do PSD a Geraldo Júnior se a pré-candidatura de Brito não vingar. E aí, outra pertinente e oportuna pergunta : Lúcio teria alguma informação de que Jerônimo Rodrigues não quer Antônio Brito como candidato do lulismo ? O que se comenta nos bastidores, longe dos holofotes e do povão de Deus, é que o crescimento do PSD, que já tem, salvo engano, o controle de mais de 120 prefeituras, pretendendo chegar a mais de 150 com o pleito de 2024, não é bom para o PT, que ficaria refém do PSD na sucessão de 2026 ao governo do Estado. Vale lembrar que Lúcio Vieira Lima é tido como um invejável articulador político, de fazer inveja ao senador petista Jaques Wagner. O que se pode concluir, sem pestanejar, é que o PSD e MDB dão como favas contadas que o PT não terá candidatura própria. Nessa missão de defenestrar o deputado estadual Robinson Almeida, MDB e PSD estão de mãos dadas.
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