Geraldo Simões foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores em Itabuna e um fiel companheiro de Lula no momento que o líder-mor mais precisava.
Geraldo Simões, ex-gestor de Itabuna por dois mandatos, foi o grande responsável pelo crescimento do PT no sul da Bahia, se transformando na principal liderança política da sigla na região.
Como não bastasse toda articulação para deixar o ex-alcaide fora da disputa pela Prefeitura de Itabuna, tendo na linha de frente o deputado Rosemberg Pinto, líder do governador Jerônimo Rodrigues na Assembleia Legislativa, estão ensaiando mais um constrangimento ao "companheiro".
Sabendo que a possibilidade de Geraldo apoiar o segundo mandato de Augusto Castro (PSD-reeleição) é inexistente, querem seu silêncio diante do processo sucessório, impedindo assim qualquer declaração de apoio a tal prefeiturável.
A pressão pelo silêncio do ex-gestor é assentada no argumento de que todos os outros adversários de Augusto são de partidos que têm algum tipo de ligação com o grupo de ACM Neto, vice-presidente nacional do União Brasil e pré-candidato ao governo da Bahia no pleito de 2026.
União Brasil, legenda de ACM Neto, tem o capitão Azevedo como prefeiturável. O Solidariedade, do pré-candidato Fabrício Pancadinha, está rachado entre ser oposição e integrar a base aliada. O PDT, com Isaac Nery, tem a vice na majoritária de Bruno Reis, que vai disputar o segundo mandato como gestor de Salvador. Bruno é cria política de ACM Neto. O PL de Chico França, além de ser o abrigo partidário do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, já declarou apoio a Bruno Reis. E, por último, o PP do prefeiturável Neto Badaró, que jura por todos os santos e orixás que não vai apoiar o segundo mandato de Augusto.
Concluo dizendo que Geraldo Simões não pode aceitar mais uma humilhação dos "companheiros". Uma aproximação com Augusto Castro, como quer algumas lideranças do PT, seria o enterro político de quem já fez muito pelo partido.
PS - Como não existe outro pré-candidato a prefeito de Itabuna da base aliada, o senador Otto Alencar, presidente estadual do PSD, vai exigir a presença do governador Jerônimo Rodrigues no processo sucessório. Não vai aceitar uma posição de neutralidade do chefe do Palácio de Ondina. Quer o governador como principal "cabo eleitoral" da reeleição de Augusto.
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