Daqui a seis dias, o esperado ano eleitoral de 2024. A partir de janeiro ficam faltando um pouco mais de nove meses para que o cidadão e a cidadã usem o maior e mais eficaz instrumento da democracia : o título de eleitor.
São 10 pré-candidatos a prefeito de Itabuna. Segue abaixo a situação de cada um no processo sucessório, lembrando que o cenário de hoje pode sofrer alterações, significativas ou não, com a proximidade do pleito. Para que a coluna não fique extensa, a análise será bem sucinta.
Fabrício Pancadinha - Deputado estadual e prefeiturável pelo Solidariedade. Pontua em todas as pesquisas de intenções de voto na primeira colocação. Uma boa parte do eleitorado acha que o parlamentar não será candidato. Precisa, urgentemente, dar um freio no "só sabe fazer festa" protagonizado pelos adversários, sob pena de ver sua boa performance nas enquetes perdendo força e, como consequência, um crescimento no quesito rejeição.
Augusto Castro - Atual gestor e postulante a um segundo mandato (reeleição) pelo PSD. A esperança em se reeleger está assentada nos milhões de reais que serão aplicados na realização de obras. A rejeição ao chefe do Executivo é preocupante, chegando ao ponto de ser unânime a opinião de que se não diminuir dificilmente permanecerá por mais quatro anos no comando do cobiçado centro administrativo Firmino Alves.
Capitão Azevedo - Prefeiturável pelo PDT. As pesquisas dão sempre o ex-alcaide se mantendo em um terceiro lugar. É visto como um pré-candidato que pode crescer e, quem sabe, ficar em empate técnico ou ultrapassar o segundo nas pesquisas, o prefeito Augusto Castro. O carisma de Azevedo preocupa os adversários.
Isaac Nery - É do Republicanos. Sem nenhuma dúvida, o prefeiturável mais entusiasmado com a campanha. Pode ser a surpresa do pleito de 2024. Faz um trabalho de "formiguinha" na periferia da cidade. O fato de ser médico termina facilitando esse contato com o eleitorado mais necessitado. Sua maior preocupação é com o próprio partido. Não à toa que tem seu plano B.
Geraldo Simões- Também ex-prefeito. Um dos fundadores do PT de Itabuna. Vive o dilema da federação PT/PCdoB/PV, com os comunistas, verdes e parte do PT, chamado de PT 2 (ou PT augustiniano), defendendo o apoio da legenda à reeleição de Augusto Castro. Geraldo sabe que para afastar de vez a possibilidade de não ser candidato, precisa melhorar nas pesquisas, sob pena de ver as três principais lideranças do lulopetismo da Boa Terra - governador Jerônimo Rodrigues, senador Jaques Wagner e o ministro Rui Costa - debandarem para o lado de Augusto. Uma reação nas pesquisas é imprescindível, conditio sine qua non para que dispute a sucessão.
Chico França - O engenheiro é o nome do PL na disputa pela Prefeitura de Itabuna. Se souber cooptar o eleitorado de direita pode sair do processo eleitoral com uma boa votação. Sua legenda, o Partido Liberal, tem como mais ilustre filiado o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. Tem que ser mais incisivo em relação a sua posição política, assumindo com mais ênfase o bolsonarismo. A vinda do ex-chefe do Palácio do Planalto em Itabuna é dada como certa.
Enderson Guinho - Vice-prefeito e presidente do diretório local do União Brasil. Sua brusca queda nas pesquisas alimenta a especulação de que será candidato a vereador, retornando ao Poder Legislativo, onde fez um bom trabalho.
Dinailton Oliveira - Sabe que sua chance de ser o candidato do Republicanos, na disputa com Isaac Nery, é remotíssima. Assim como Isaac, procura também seu plano B. O que impressiona no advogado, ex-presidente da OAB-BA, é sua perseverança.
Lisdeili Nobre - Delegada da Polícia Civil e recém filiada ao União Brasil. Tem um bom discurso. Deve ter feito algum acordo com Enderson Guinho. Tem dito, como os demais prefeituráveis, que vai levar sua pré-candidatura até o fim, descartando uma composição em uma majoritária como vice.
E, por último, Delliana Ricelli, professora e bacharelanda em Comunicação Social pela UESC, prefeiturável pelo PSOL, disputando com Lisdeili o eleitorado feminino, com a pregação de que a mulher tem que participar da política, dando um chega pra lá nos machistas de plantão.
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