O novo governo de Ilhéus herdou um cenário financeiro desafiador. Com um déficit de R$ 46,5 milhões e uma dívida consolidada que ultrapassa R$ 488 milhões, o prefeito Valderico Junior (UB) terá que adotar medidas rígidas para equilibrar as contas do município. A realidade foi apresentada em um encontro realizado no Ilhéus Praia Hotel, onde secretários municipais e vereadores se reuniram para discutir os desafios e estratégias para recuperação econômica da cidade.
O principal ponto abordado foi a situação financeira da cidade, que acumula uma dívida consolidada de R$ 488,3 milhões. O montante inclui débitos previdenciários, FGTS, precatórios vencidos e financiamentos pendentes, comprometendo a saúde fiscal do município. Além disso, novos passivos podem surgir, agravando ainda mais o saldo negativo deixado por gestões anteriores.
Outro dado preocupante foi a inversão da relação entre receitas e despesas nos últimos dois anos. Em 2023, a Prefeitura registrou um superávit de R$ 55,6 milhões. No entanto, em 2024, a arrecadação totalizou R$ 764,7 milhões, enquanto as despesas chegaram a R$ 811,3 milhões, resultando em um déficit de R$ 46,5 milhões.
Diante desse cenário, o prefeito criticou a falta de responsabilidade fiscal da gestão anterior e reafirmou seu compromisso com a recuperação financeira da cidade. Segundo estudos conduzidos por consultorias especializadas, serão necessários pelo menos dois anos para equilibrar as contas públicas.
"Recebemos uma cidade que gastou mais do que arrecadou, e essa conta chegou para a nossa gestão. É um desafio enorme, mas que vamos enfrentar com planejamento e responsabilidade", destacou Valderico Junior.
Além da recuperação fiscal, a administração municipal seguirá empenhada na viabilização de investimentos para áreas essenciais, como saúde, educação, infraestrutura e geração de emprego. A estratégia inclui medidas de contenção de despesas, revisão de contratos e otimização da arrecadação para garantir um futuro sustentável para Ilhéus.
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