Na madrugada desta quinta-feira (3), a Bahia perdeu um de seus grandes nomes do jornalismo e da militância cultural. Wanda Chase, referência na comunicação e defensora da cultura baiana, faleceu aos 74 anos em Salvador, após passar por uma cirurgia no Hospital Teresa de Lisieux.
Nascida no Amazonas, Wanda construiu uma trajetória marcante na imprensa baiana, onde conquistou o título de cidadã soteropolitana e se tornou uma das vozes mais influentes da comunicação no estado. Com mais de 47 anos de experiência no jornalismo e mais de 45 prêmios conquistados, ela ganhou destaque como apresentadora da TV Bahia, deixando um legado de profissionalismo e compromisso com a informação.
Uma carreira dedicada ao jornalismo e à cultura
Wanda Chase iniciou sua jornada na comunicação no Jornal A Crítica, em Manaus, e passou por importantes veículos, como a TV Amazonas. Ao longo da carreira, também trabalhou em Recife e Campina Grande, consolidando seu nome no cenário jornalístico. Na década de 1980, já frequentava a Bahia, participando ativamente de eventos do Movimento Negro Unificado, como as manifestações pela libertação de Nelson Mandela, a Noite da Beleza Negra e a Noite da Mãe Preta.
Sua atuação incansável na valorização da cultura afro-brasileira e na defesa da igualdade racial fez dela uma figura inspiradora para diversas gerações de jornalistas e ativistas.
Reconhecimento e despedida
Wanda estava prestes a receber o título de cidadã baiana logo após o Carnaval deste ano, mas precisou adiar a cerimônia após relatar ter contraído uma virose durante a festa. Infelizmente, a homenagem agora se torna póstuma, mas seu legado permanece vivo na memória daqueles que acompanharam sua trajetória.
A morte de Wanda Chase deixa uma lacuna imensa no jornalismo baiano e no movimento negro. Seu compromisso com a verdade, sua luta por justiça social e sua paixão pela cultura da Bahia continuarão a inspirar futuras gerações. Hoje, Salvador e toda a Bahia se despedem de uma voz inesquecível.
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