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Terça-feira, 03 de Dezembro de 2024
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O VICE DE AUGUSTO CASTRO

Coluna Wense - Quarta-feira 31 de março

Marco Wense
Por Marco Wense
O VICE DE AUGUSTO CASTRO
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O VICE DE AUGUSTO CASTRO

A sucessão municipal de Itabuna, com o prefeito Augusto Castro (PSD) se candidatando a um segundo mandato, via instituto da reeleição, está entre as mais antecipadas do país. 

Já nas ruas e todo santo dia nas redes sociais, principalmente nos grupos de waltsAzapp, a campanha dos prefeituráveis vai de vento em popa. O lamentável fica por conta da falta de respeito e civilidade de alguns internautas. 

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Essa antecipação ainda teve a ajuda do "Senado" do Café Pomar. As sabatinas com os postulantes ao cobiçado comando do centro administrativo Firmino Alves tornaram o processo sucessório mais eletrizante. 

Os invejosos de plantão, que só sabem criticar, trataram logo de desqualificar o "Senado". Mas não tiveram sucesso. Ficaram a ver navios. Foram derrotados pelo movimento que vai marcar a história política de Itabuna.

Sem dúvida, uma iniciativa com viés, digamos, revolucionário. Quem passa pelo passeio do Café Pomar pode entrar e fazer sua pergunta para o prefeiturável convidado. É algo inédito na política de Itabuna. 

Outro ponto é que tem "senadores" de direita, esquerda, socialista, liberal, da bancada rural, defensor do MST, comunista, petista, bolsonarista, enfim, de todas as correntes políticas e ideológicas. Religiosamente falando, tem católico, evangélico, pentecostal, espírita e adepto do candomblé.

Voltando ao vice de Augusto Castro, ledo engano quem pensa que o modesto escriba está em devaneios ou coisa parecida. O assunto já é discutido nos bastidores, longe dos holofotes e do povão de Deus. 

Dando nome aos "bois", são quatro pretendentes : José Alberto (PSB), Ricardo Xavier (Cidadania), Rosivaldo Pinheiro e Manoel Porfírio (PT), respectivamente secretário de Planejamento, vereador, titular da secretaria de Governo e presidente da Fundação Marimbeta, que se licenciou da vereança para assumir o cargo.

O atento leitor perguntaria por que não citei o partido de Rosivaldo. A resposta é que não sei qual é sua legenda, se continua ou não no PP, sigla pela qual já saiu candidato a vereador.

Do quarteto de vice-prefeituráveis, a chance maior é de José Alberto, que traria o PSB para a campanha da reeleição do chefe do Executivo, evitando assim um eventual apoio da legenda a Geraldo Simões, pré-candidato do PT. Vale lembrar que o ex-prefeito teve dois encontros com o médico Renato Costa, filiado mais ilustre da legenda socialista em Itabuna. O que se comenta é que o ex-gestor gostaria de ter Renato como vice.  

Não enxergo nenhuma possibilidade para Xavier, Porfírio e Rosivaldo Pinheiro. Colocar um vereador como vice, mesmo sendo um edil atuante, não é aconselhável. A maioria esmagadora do eleitorado não anda satisfeita com o desempenho dos edis, o que poderia resvalar na tentativa de Augusto de quebrar a virgindade do tabu da reeleição.

Quanto a Rosivaldo, que é muito ligado ao deputado Rosemberg Pinto (PT), líder do governo Jerônimo Rodrigues na Assembleia Legislativa do Estado, a questão é de pouca viabilidade eleitoral e força política. 

A minha intuição política diz que nenhum dos quatros vai integrar a chapa majoritária do segundo mandato. Augusto quer atrair uma legenda de oposição ao governo, que ao aceitar o convite para indicar o vice, faça parte da coligação, causando assim um enfraquecimento no oposicionismo.

O que se espera é que essa disputa para ver quem vai compor a majoritária não termine prejudicando a pretensão do prefeito de permanecer por mais quatro anos como maior autoridade política de Itabuna.


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TIRO PELA CULATRA

Alguns blogueiros, radialistas e jornalistas a serviço da reeleição do prefeito Augusto Castro vão terminar tendo uma parcela de culpa se o alcaide for derrotado. De tanto atacar os adversários, o tiro vai terminar saindo pela culatra. Até os que podem desistir da pré-candidatura para apoiar o segundo mandato do alcaide estão sendo vítimas de "fake news" e insinuações maldosas. Em uma eventual polarização entre o deputado Fabrício Pancadinha e o chefe do Executivo apoiariam o parlamentar. Não à toa que Pancadinha vem buscando o diálogo com seus concorrentes. Quer conversar com todos eles. A única exceção é o prefeito.

Se Augusto não abrir os olhos e chamar à atenção de seus auxiliares, sem descartar até mesmo um "puxão de orelha", a vaca vai pro brejo. E o boi também. Com efeito, dois prefeituráveis já disseram, em conversa com este modesto comentarista político, que vão apoiar Pancadinha caso não tenham chance de ganhar o pleito. Um vai fazer campanha abertamente. O outro, nos bastidores. E não me refiro ao vice-prefeito Enderson Guinho (União Brasil), que até as freiras do convento das Carmelitas sabem que será o primeiro a declarar o apoio.

O puxa-saquismo, além de ser prejudicial, já que camufla os fatos para agradar o governante de plantão, que começa a achar que pilota o "avião" da sucessão em céu de brigadeiro, fede mais do que aquilo que o gato esconde na areia. O beija-mão é vergonhoso e putrefato.

 

 

 

Marco Wense

Itabunense, Advogado e Articulista de Política

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