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Sabado, 08 de Novembro de 2025
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ELEIÇÕES 2026

Deputados baianos respiram aliviados com decisão de Luiz Fux sobre número de cadeiras na Câmara

STF garante manutenção da representatividade da Bahia até 2030

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Por Mandato Bahia
Deputados baianos respiram aliviados com decisão de Luiz Fux sobre número de cadeiras na Câmara
Victor Piemonte/STF
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Os deputados baianos amanheceram mais tranquilos após a decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que a readequação no número de cadeiras da Câmara dos Deputados só será aplicada a partir das eleições de 2030. A medida garante que a Bahia mantenha, até 2026, os atuais 39 deputados federais e 63 estaduais, evitando a redução prevista pelo novo cálculo baseado no Censo do IBGE.

Se a mudança tivesse efeito imediato, o estado perderia duas cadeiras em Brasília, caindo de 39 para 37 parlamentares, e outras duas vagas na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), de 63 para 61. A decisão trouxe alívio para a classe política, que já se articulava para evitar a diminuição da representatividade baiana.

Como funciona o cálculo das cadeiras

O número de representantes por estado na Câmara Federal é definido de acordo com a população registrada no Censo do IBGE. Com a redução populacional, a Bahia teria direito a menos cadeiras. Automaticamente, essa redução também refletiria na Assembleia Legislativa, que ajusta sua composição conforme o número de federais.

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Tentativa frustrada do Congresso para manter as cadeiras

Para tentar evitar a diminuição do tamanho das bancadas, deputados federais aprovaram um projeto que aumentava o número total de parlamentares de 513 para 531. Essa proposta permitiria que estados em crescimento populacional ganhassem representantes sem prejudicar os demais.

No entanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou a medida, alegando aumento de gastos públicos. O veto nunca foi analisado pelo Senado, abrindo caminho para que Luiz Fux tomasse a decisão definitiva.

Bastidores da política baiana

A possibilidade de redução vinha preocupando a classe política local. Deputados estaduais já cobravam os senadores da Bahia para que articulassem uma solução no Congresso. Entre eles, Jaques Wagner (PT) manteve posição firme a favor da manutenção do veto de Lula, reforçando a importância do equilíbrio fiscal.

Com a decisão de Fux, o cenário de 2026 será o mesmo de 2022, garantindo estabilidade no jogo político e preservando a capacidade de influência da Bahia em Brasília. Nos bastidores, deputados comemoram a vitória, embora o tema também gere debate sobre os custos da manutenção da atual estrutura parlamentar.

O que muda para as eleições de 2026

A decisão traz segurança para partidos e candidatos que já iniciam movimentações para o próximo pleito. A manutenção do número de vagas garante previsibilidade para as coligações e estratégias eleitorais, além de evitar disputas internas mais acirradas por espaços reduzidos.

No entanto, especialistas lembram que a mudança será inevitável em 2030, caso não haja nova alteração legislativa. Até lá, a Bahia terá tempo para se preparar e adaptar sua atuação política nacional às transformações demográficas.

Impacto para a população e para o estado

Para a população, a redução de cadeiras poderia representar economia nos gastos públicos, já que menos parlamentares significam menos despesas. Por outro lado, para a Bahia, a diminuição enfraqueceria sua força de barganha política e sua capacidade de garantir recursos e investimentos federais.

Por isso, o desfecho atual é visto como uma vitória da classe política baiana, ainda que divida opiniões entre eleitores e especialistas em gestão pública.

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FONTE/CRÉDITOS: Redação
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