João Roma, dirigente-mor estadual do PL, abrigo partidário do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, depois que rompeu com ACM Neto, passou a fazer duras críticas ao ex-prefeito de Salvador.
Roma, ex-ministro da Cidadania do então governo Bolsonaro, chegou a dizer que a Bahia precisava de um líder e não de um "covarde", que o ex-gestor soteropolitano "só respeita as pessoas que têm dinheiro e não respeita as pessoas que têm serviços prestados".
Salta aos olhos que toda essa raiva com ACM Neto decorre da preferência do ex-chefe do Palácio Thomé de Souza por Bruno Reis, dando assim um chega pra lá no sonho de Roma de ser prefeito da capital.
Roma é cria política de ACM Neto, secretário-nacional do União Brasil. Assim como Rui Costa é do senador Jaques Wagner e o governador Jerônimo Rodrigues do ministro da Casa Civil do governo Lula 3. Sem nenhum resquício de dúvida, as três principais lideranças do lulopetismo da Boa Terra.
ACM Neto era para João Roma um exemplo de democrata. De repente, de um dia para o outro, virou um autoritário, se transformou em persona non grata para o "romismo".
O que se questiona agora é o comportamento de Roma frente o comando do PL. A declaração da doutora Raíssa Soares de que está na vice-presidência da legenda "apenas por enfeite", é muito ruim para o ex-candidato ao governo da Bahia na sucessão de 2022.
Vale lembrar que João Roma está tratando com desdém uma ex-candidata ao Senado da República que obteve mais de um milhão e cinquenta mil votos, o que corresponde a 14,61% do eleitorado baiano.
Roma disse que ACM Neto "não respeita as pessoas que têm serviços prestados". E aí cabe a oportuna e pertinente pergunta : a médica Raíssa Soares não tem serviços prestados ? Pelo tratamento dado por Roma, a reposta é um não bastante incisivo, sem fazer arrodeios.
Outro ponto que mostra que João Roma é centralizador, diz respeito a Salvador. O ex-ministro vai ser também o "presidente" do PL da capital. "Eu mesmo vou cuidar do partido", disse Roma, se referindo a sucessão de Bruno Reis, que busca o segundo mandato pelo União Brasil.
Não sei como anda o relacionamento político do médico Antônio Mangabeira, presidente do PL de Itabuna, e do prefeiturável da sigla, o engenheiro Chico França, com o ex-ministro bolsonariano.
De uma coisa tenho certeza : Mangabeira e Chico não vão aceitar de braços cruzados qualquer atitude de mandonismo, de imposição por parte de João Roma. Tá mais fácil "chutarem o pau da barraca", como diz a sabedoria popular.
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