O impeachment da então presidente Dilma Vana Rousseff (PT) aconteceu sobre o argumento de que a maior autoridade da República teria cometido as chamadas "pedaladas fiscais".
Renomados juristas disseram que as "pedaladas fiscais" não eram motivo suficiente para acionar um pedido de afastamento de Dilma do Palácio do Planalto. Deu no que deu : sua defenestração sem dó e piedade.
No frigir dos ovos, ficou a unânime opinião de que faltou articulação política no Congresso Nacional, nas duas Casas Legislativas : a Câmara dos Deputados e o Senado. Dilma teria desdenhado a força dos parlamentares.
O ano de 2016 virou um inferno astral para a primeira-dama do país. Foi cruelmente traída pelo maior interessado em ocupar o cobiçado cargo : Michel Temer, então vice-presidente e principal liderança do emedebismo.
Agora, por unanimidade, o Tribunal Regional Federal, da primeira Região, com sede em Brasília, arquiva uma ação de improbidade contra Dilma no tocante as tais das pedaladas fiscais.
A decisão do TRF passa a ser uma espécie de atestado de que o impeachment de Dilma foi, no mínimo, um absurdo, um ato meramente político, sem nenhuma consistência jurídica.
Mas o que chamou atenção é que não demorou nem um pouquinho para que o PT, com o aval de Lula, deixasse tudo no esquecimento. A coitada da Dilma ficou a ver navios, completamente abandonada.
O lulismo, visando o pleito presidencial seguinte, o de 2018, se aproximou dos principais protagonistas do impeachment. O líder-mor do PT teve vários encontros com Renan Calheiros e companhia Ltda.
Dilma foi literalmente isolada. Sequer um ato de solidariedade pelos "companheiros".
O que se espera do Partido dos Trabalhadores, assentado nessa decisão do Tribunal, é que se faça uma nota admitindo o erro de ter tratado Dilma com indiferença, como se fosse uma petista sem nenhuma importância na história da legenda.
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