A militância do PT de Itabuna ligada ao ex-prefeito Geraldo Simões, que governou o município por dois mandatos, ainda não tomou uma decisão em relação ao pleito que vai eleger o presidente estadual da legenda.
Por enquanto, são três postulantes ao cargo maior do partido: o ex-ceplaqueano Everaldo Anunciação (foto), o militante do MST Tássio Brito e Manoel Porfírio, presidente da Câmara de Vereadores de Itabuna.
O processo eleitoral passa a ser mais uma evidência de que o relacionamento político entre o senador Jaques Wagner e o ministro Rui Costa continua fissurado. E já faz um bom tempo.
O candidato de Wagner é Tássio, o de Rui Costa é Everaldo. Até agora nenhum indício de um entendimento. A possibilidade de uma candidatura de consenso é tida como uma missão difícil. Jerônimo Rodrigues, chefe do Palácio de Ondina, que poderia dar sua contribuição para evitar essa disputa, se mantém distante, não quer se atritar com nenhum dos ex-governadores.
Voltando ao rachado PT de Itabuna, mais especificamente o identificado com o ex-alcaide Geraldo Simões, nenhum pré-candidato à presidência estadual do partido agrada. Seus apoiadores, com destaque para os "companheiros" Wagner e Rui, foram contra o PT ter candidatura própria na sucessão municipal. Apoiaram o segundo mandato (reeleição) do prefeito Augusto Castro (PSD).
E Manoel Porfírio ? Salta aos olhos que sua candidatura é para marcar posição. Não tem nenhuma chance de sair vitorioso. Visa também um fortalecimento de uma eventual candidatura à Assembleia Legislativa do Estado (Alba).
Mais cedo ou mais tarde, os "dois" PTs de Itabuna, o geraldista, chamado de PT 1, e o augustiniano, rotulado de PT 2, vão ter que se pronunciar sobre a eleição que vai escolher o dirigente-mor do Partido dos Trabalhadores.
Os representantes dos "dois" PTs estão muito longe de uma decisão consensual. Se o saudoso radialista Roberto de Souza estivesse vivo, abriria seu programa, que tinha uma grande audiência, com um "não convidem para a mesma mesa...".
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