Venho dizendo há muito tempo que o assunto federação, mais especificamente a que envolve o PT, PCdoB e PV, seria o mais comentado da sucessão de Itabuna.
Não tem como deixar de lado o pega-pega entre petistas, comunistas e verdes. A pauta passou a ser obrigatória, principalmente entre os dois PTs. O PT 1, que defende candidatura própria representando o trio partidário, e o PT 2 querendo a legenda apoiando o segundo mandato do prefeito Augusto Castro (PSD).
O deputado estadual petista Rosemberg Pinto, líder do governo Jerônimo Rodrigues na Assembleia Legislativa, vem cobrando um posicionamento do diretório municipal em relação ao processo sucessório.
Rosemberg, defensor fervoroso do prefeito Augusto Castro, quer os "companheiros" de Itabuna hasteando a bandeira da permanência do chefe do Executivo por mais quatro anos no comando do cobiçado centro administrativo Firmino Alves. E mais : com um potente megafone bravejando "reeleição já".
Rosemberg, que já sonhou com a possibilidade de se candidatar a prefeito de Itabuna, está de olho na indicação do vice de Augusto, o que deve provocar um atrito com o PCdoB. O PV não tem força. É tido como coadjuvante.
Salta aos olhos que caso tenha sucesso na sua missão de defenestrar o "companheiro" Geraldo Simões da condição de prefeiturável, Rosemberg vai exigir do mandatário-mor de Itabuna o apoio à sua re-reeleição ao Parlamento estadual ou, quem sabe, à Câmara dos Deputados.
O deputado está sendo ingênuo quando acredita que haverá uma posição do PT de Itabuna até o final do ano, que o imbróglio, cada vez mais intenso, terá um ponto final ainda em 2023.
Ora, ora, até as freiras do convento das Carmelitas sabem que o começo de uma definição só depois que as águas de março fecharem o verão de 2024. Até lá é só disse-me-disse, picuinhas, apulhaladas pelas costas e muito "fake news".
O PT 1 poderá até ser derrotado. A revolta da militância que defende candidatura própria na federação seria incontrolável, apelando até para o "voto útil". Ou seja, o voto em quem tem mais possibilidade de evitar o segundo mandato do alcaide.
O ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima, presidente de honra do MDB, que tem a opinião de que toda essa movimentação do PT 2, chamado de augustiniano, é só oba-oba, vai reivindicar que o vice de Geraldo Simões seja indicado pelo partido.
Pois é. Esse assunto federação passa a ser cada vez mais enigmático. A briga envolve muitos "cachorros" grandes. Um querendo "latir" mais alto do que o outro.
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