De início devo logo dizer que deposito total confiança na Compasso Pesquisa. Nunca ouvir nenhum comentário que colocasse sob suspeita a reconhecida credibilidade do instituto.
Em relação a última consulta para a disputa da Prefeitura de Itabuna, realizada entre 03 a 06 de outubro, segue abaixo algumas observações.
A enquete não foi boa para o atual gestor Augusto Castro (PSD-reeleição) e nem para o ex-alcaide Geraldo Simões (PT). O chefe do Executivo continua com uma rejeição gigantesca. Quando comparada com a de Fabrício Pancadinha (Solidariedade), primeiro colocado na enquete, chegar a quase três vezes mais : 30,74 % versus 10,95 %. Como não bastasse, 65,37 % desaprovam a gestão municipal.
No tocante a Geraldo Simões, que postula um terceiro mandato, houve uma certa frustração da militância, obviamente do PT 1, que esperava um crescimento nas intenções de voto. O outro PT, o PT 2, também chamado de augustiniano, comemorou efusivamente o resultado.
Outro ponto que ficou muito transparente é que uma união entre os prefeituráveis ligados ao grupo de ACM Neto é mortal para o segundo mandato de Augusto. Falo do próprio Pancadinha, Capitão Azevedo (PDT) e Isaac Nery (Republicanos), respectivamente com 30,22%, 14,01%, 10,66% das intenções de voto.
Geraldo Simões obteve 6,61%. Chico França, pré-candidato pelo PL, 1,32%. A tendência é que a campanha de Chico cresça entre o eleitorado bolsonarista, que vai começar a identificá-lo como representante-mor do antipetismo no pleito de 2024.
Correligionários mais próximos do chefe do cobiçado comando do centro administrativo Firmino Alves estão dizendo que uma polarização entre Pancadinha e Augusto é só uma questão de tempo. O argumento que norteia o otimismo é que o gestor terá milhões e milhões de reais para gastar.
Mas o que chama mais atenção na sucessão de Itabuna, que já é a maior dor de cabeça para o Conselho Político da base aliada jeronista, é que qualquer outro prefeiturável, em caso de desistência, apoiaria Pancadinha na disputa com o gestor, incluindo aí Chico França e Geraldo Simões.
Pelo andar da carruagem, a "virgindade" do tabu da reeleição vai continuar intacta.
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