A ex-secretária de Educação da Bahia, Adélia Pinheiro (PT), foi nomeada para o cargo de Assistente Especial no gabinete do governador Jerônimo Rodrigues (PT), atuando diretamente sob a estrutura da Casa Civil. A decisão é interpretada por analistas políticos como uma movimentação estratégica do governo para fortalecer a articulação institucional e técnica do Executivo estadual, sobretudo em áreas-chave como educação, saúde e desenvolvimento regional.
Com um currículo técnico robusto e larga experiência em gestão pública, Adélia já esteve à frente de três das principais pastas do governo baiano: Ciência e Tecnologia, Saúde e, mais recentemente, Educação. Sua trajetória confere à nova função um peso simbólico e prático. Trata-se não apenas de uma nomeação política, mas de uma aposta na qualificação da equipe do governador, especialmente no que diz respeito à articulação de políticas públicas em regiões estratégicas do estado, como o sul da Bahia.
A escolha de Adélia também reforça o compromisso do governador Jerônimo Rodrigues com a valorização de quadros técnicos e com forte inserção territorial. Natural de Ilhéus, Adélia é vista como uma peça-chave na reestruturação do diálogo do governo com o sul baiano, especialmente após as eleições municipais de 2024, nas quais foi candidata à Prefeitura de Ilhéus e obteve expressiva votação, embora tenha sido derrotada por Valderico Júnior (União Brasil).
Nos bastidores, chegou-se a especular seu retorno à Secretaria da Saúde (Sesab), cargo que ocupou com destaque durante a gestão de Rui Costa (PT), sobretudo no enfrentamento à pandemia de Covid-19. A possibilidade esteve ligada a uma eventual mudança na cúpula da Sesab, mas a reconfiguração não se concretizou. Ainda assim, a nomeação de Adélia como Assistente Especial sinaliza que sua presença continuará sendo decisiva nos rumos administrativos e políticos do governo.
Com essa movimentação, Jerônimo Rodrigues recompõe e reforça seu núcleo técnico-político, apostando na experiência e na confiança construída ao longo de gestões anteriores. A expectativa é que Adélia atue de forma transversal, contribuindo para a articulação intersetorial de políticas públicas e para a ampliação da presença do Estado em regiões estratégicas, como Ilhéus e entorno.
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