Neste momento, seria precoce avaliar, em termos de desempenho administrativo, o governo Valderico Júnior, também carinhosamente alcunhado por este colunista de “garoto sapatênis”. Todavia, se a gestão for analisada de forma objetiva, isso poderia ser considerado precipitação. No campo político, no entanto, muita coisa já pode ser ponderada, tendo em vista a agilidade dos movimentos executados pelo chefe do Executivo para obter a tão almejada governabilidade.
É verdade que o prefeito pode muito, mas nem tudo pode o prefeito. Parece que Valderico percebeu isso nesses primeiros dias. E veja, caro leitor(a), com isso não quero fazer coro ao "quanto pior, melhor"; pelo contrário, desejo que o grupo dirigente do município seja exitoso em todas as ações empreendidas, pois isso resultaria em dignidade para a sociedade como um todo.
Contudo, alguns sinais preocupam. Parece que o prefeito está terceirizando seu governo ao jabismo. Jabes, familiares e asseclas compõem a gestão com uma musculatura política que nem eles mesmos acreditavam ser possível. Depois de anos patinando nas suas pretensões eleitorais, Jabes volta a pautar os rumos de Ilhéus e pode, antes do esperado, ratificar o que muitos já dizem às entrelinhas: Valderico será um prefeito fraco!
Estará Ilhéus sendo dirigida por duas heranças malditas? Valderico, herdeiro de uma gestão cassada por malversação da coisa pública, e Jabes, campeão brasileiro de ações por improbidade administrativa, conseguiram se vender como a renovação política — e isso é um mérito que ninguém pode deixar de reconhecer. Todavia, o que se questiona é se os métodos utilizados para alcançar esse feito foram realmente republicanos.
Bom, vou encerrando por aqui esse caminho de palavras picantes, que, aliás, bem se harmoniza com o momento do governo Valderico. Isso mesmo! Ganhou repercussão da imprensa local a nomeação de “Carlinhos Freitas” para o cargo de assessor especial do prefeito. Embora não se saiba quais serão as atribuições do dito nomeado, o fato é que seu histórico na administração pública é, no mínimo, eticamente reprovável.
Enquanto isso, Ilhéus começa a assumir os contornos da Roma Antiga, onde a classe privilegiada, para evitar as críticas sociais aos seus mandos, desmandos e privilégios, pratica a política do pão e circo. Parece que, nos próximos quatro anos, tudo pode faltar, menos festa. E seguimos na expectativa de que nosso prefeito, com suas disposições de digital influencer, ao menos tenha a capacidade de entregar a gestão da cidade às pessoas certas — mesmo achando que isso seja desejar muito, a julgar pelo que está sendo posto. Que Exu seja por nós!
Coluna.Prof. Caio
Comentários: