O PSD, nacionalmente presidido por Gilberto Kassab, é aliado do lulopetismo na Bahia e do bolsonarismo em São Paulo. Portanto, parceiro dos governadores Jerônimo Rodrigues (PT) e de Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A chiadeira lá no estado de São Paulo é grande. Partidos que compõem a base de sustentação política do chefe do Palácio dos Bandeirantes se queixam que Kassab, secretário de Governo e Relações Institucionais, está usando a máquina para cooptar os prefeitos.
O PSD, que tinha 46 alcaides, passou para 329 nos últimos dez meses, o que corresponde a 51% dos municípios paulistas. O partido de Kassab, quando o assunto é a busca do poder, não tem limites. Kassab é daqueles que quer mais, muito mais. E esse mais é sempre pouco.
Aqui na Bahia é a mesma coisa. Depois das filiações dos gestores municipais Zezinho, Joelson Rosário, Maurício Lopes e Nilza Mata, respectivamente de Itaparica, América Dourado, Santa Cruz da Vitória e São Sebastião do Passé, o PSD passa a ter 116 chefes de Executivo.
Em relação a Boa Terra, o governador Jerônimo Rodrigues vai ficando cada vez mais refém do PSD, que tem o senador Otto Alencar como presidente estadual da legenda.
De olho na reeleição, o morador mais ilustre do Palácio de Ondina, cria política do ministro Rui Costa, da Casa Civil do governo Lula 3, não quer criar problemas com a sigla que, pelo andar da carruagem, caminha para ter 150 prefeitos filiados ao partido.
Enquanto isso, o PT do governador e do presidente da República só tem, salvo engano, 34 prefeitos petistas. No sul da Bahia, apenas um : o de Itacaré, Antônio de Anízio.
Essa força do PSD enfraquece a federação PT/PCdoB/PV. O trio partidário caminha para ser coadjuvante na eleição de 2024. Petistas, comunistas e verdes vão ficar bem pequenos diante de um PSD cada vez mais poderoso.
Salta aos olhos que o PSD é imprescindível para a sustentação política dos governos Jerônimo Rodrigues e Tarcísio de Freitas. O argumento da governabilidade, no entanto, não pode servir de justificativa para ficar refém do, digamos, kassabianismo.
Ser refém no processo político, além de desaconselhável, é sinônimo de dependência, falta de autoridade. Que o diga o presidente Lula com o centrão, que costumo dizer que é o quarto Poder da República.
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