Quem acompanha a Coluna Wense sabe que venho dizendo que é só uma questão de tempo para o PSD dar um chega pra lá no PT na sucessão presidencial de 2026.
Gilberto Kassab, chefe do PSD, que controla a legenda com mão de ferro, como se fosse algo particular, é secretário de Relações Institucionais do Estado de São Paulo no governo Tarcísio de Freitas, filiado ao Republicanos, sigla ligada a IURD (Igreja Universal do Reino de Deus).
Até as freiras do convento das Carmelitas sabem que o governador de São Paulo é pré-candidato à presidência da República no pleito de 2026. Tarcísio dar como favas contadas a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Veja, caro e atento leitor, a declaração de Kassab em entrevista no estúdio da Globo News : "Meu projeto é Tarcísio, sendo Tarcísio, eu vou estar alinhado com o projeto que seja compatível com o projeto do Tarcísio, seja ele governador ou presidente", diz Kassab. Ao se referir a governador, obviamente que o dono do PSD fala do instituto da reeleição.
Como não bastasse, Kassab diz que "a esquerda é refém da figura do Lula". As alfinetadas do presidente nacional do PSD no PT e no petista-mor têm como objetivo agradar o chefe Tarcísio, que caso seja candidato ao Palácio do Planalto pode apoiar Kassab na sua sucessão, na disputa pelo cobiçado Palácio dos Bandeirantes.
A dupla Tarcísio e Kassab está entrosada. Futebolisticamente falando, lembra Pelé e Tostão na copa de 1970, quando o Brasil se consagrou tricampeão.
Como vai se comportar o PSD da Bahia, sob o comando do senador Otto Alencar, diante do "manda quem pode, obedece quem tem juízo" ? Da ordem de cima para baixo para apoiar a candidatura presidencial de Tarcísio de Freitas ? Vale lembrar que Kassab pode compor a majoritária como vice.
Portanto, não será nenhuma novidade se o PSD de Otto Alencar sair da base aliada do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e apoiar o projeto nacional da legenda.
Concluo repetindo a declaração de Kassab: "Meu projeto é Tarcísio, seja ele governador ou presidente". O melhor conselho para as principais lideranças do PT da Bahia é que fiquem com "um olho no padre, outro na missa", como diz a sabedoria popular.
O Partido dos Trabalhadores pode estar criando uma "cobra" de duas cabeças. E venenosa.
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