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OS 50 MILHÕES DE QUAQUÁ

Coluna Wense - Quarta 14 de junho

Marco Wense
Por Marco Wense
OS 50 MILHÕES DE QUAQUÁ
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Estão juntos na mesma missão : defenestrar o ministro Rui Costa da chefia da Casa Civil. Falo do deputado Washington Quaquá (PT-RJ), vice-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, e de Arthur Lira (PP-AL), comandante-mor da Câmara dos Deputados. O que chamou mais atenção não foi a parceria para derrubar o ex-governador da Bahia, essa aliança entre Quaquá e o principal protagonista do centrão. E sim a declaração do petista ao ser questionado sobre um possível rompimento do União Brasil com o governo Lula 3 em decorrência do imbróglio envolvendo a demissão de Daniela Carneiro do ministério do Turismo.

Veja, caro e atento leitor, o que disse Quaquá, sem mostrar nenhum tipo de constrangimento, se referindo as chamadas "cotas de emendas", sobre o pega-pega : "Se o governo der R$ 50 milhões para cada deputado do União Brasil, 90% deles vão votar com a gente". Em uma linguagem popular, de fácil compreensão, basta entregar o "faz-me-rir" para que tudo seja resolvido. Na opinião de Quaquá, os congressistas do União Brasil, deixando de fora os 10%, condicionam o voto ao toma lá, dá cá. Lamentável que o relacionamento entre os Poderes Legislativo e Executivo esteja ficando com o mesmo cheiro daquilo que o gato esconde na areia.

 

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OS TRIBUNAIS E OS POLÍTICOS

Pelo andar da carruagem, os Tribunais de Justiça vão terminar ficando sob a influência dos senhores políticos. Como consequência dessa ingerência, cada vez mais intensa, o Judiciário vai assistindo a imprescindível imparcialidade no ato de julgar se esvaindo, o que faz aumentar o descrédito no Poder Judiciário. Virou moda agora nomear advogados dos políticos para os Tribunais.

Depois da indicação de Cristiano Zanin para o STF, advogado de Lula na Operação Lava Jato, chegou a vez de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, indicar seu causídico para o TST (Tribunal Superior do Trabalho). A vaga no STJ está sendo disputada pelos senadores Rodrigo Pacheco (PSD-MG), comandante-mor do Senado, e Renan Calheiros (MDB-AL), líder da maioria na Casa Legislativa, também chamada de Câmara Alta. E assim caminha a República Federativa do Brasil, com o preceito constitucional de que os Poderes devem ser harmônicos e independentes entre si sendo jogado na sarjeta. Lamentável.

 

 

 

Marco Wense

Itabunense, Advogado e Articulista de Política

 

 

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Itabunense, Advogado e Articulista de Política

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