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Política

OPOSIÇÃO DESUNIDA, REELEIÇÃO GARANTIDA 

COLUNA WENSE, QUARTA-FEIRA, 10 DE JULHO DE 2024. 

Marco Wense
Por Marco Wense
OPOSIÇÃO DESUNIDA, REELEIÇÃO GARANTIDA 
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O prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), que vai atrás do segundo mandato, vive seu melhor momento político, reforçando a opinião de que o tabu da reeleição pode ser quebrado. 

Tudo vem caminhando a favor do segundo mandato. No tocante as pesquisas, uma melhora na aprovação do governo e uma queda na rejeição ao chefe do Executivo, que ainda preocupa, mas deixou de ser considerada como irreversível. 

O esforço de ACM Neto, vice-presidente nacional do União Brasil, na tentativa de unir os prefeituráveis que fazem oposição a atual gestão, enfrenta o obstáculo da vaidade. É um Deus nos acuda quando um pré-candidato convida o outro para compor a majoritária como vice. 

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O voto do eleitorado da direita, principalmente do bolsonarismo, que pela lógica deveria impulsionar a campanha de Chico França, pré-candidato do PL, abrigo partidário do ex-presidente Bolsonaro, tem uma parcela propensa a aderir à reeleição de Augusto, em que pese o alcaide ser da base aliada do lulopetismo da Boa Terra. 

Como não bastasse o apoio de mais de 10 partidos ao segundo mandato, o PP, que tem como secretário-geral Jabes Ribeiro, pré-candidato a prefeito de Ilhéus, já é dado como parceiro da permanência de Augusto por mais quatro anos no comando da cobiçada Prefeitura de Itabuna. 

No staff político do augustianismo, cada vez mais confiante na reeleição, já há um comentário de que o capitão Azevedo (União Brasil), caso seja preterido na escolha de quem vai ser o candidato da oposição, entre ele, Isaac Nery (PDT) e o deputado Fabrício Pancadinha (Solidariedade), pode se rebelar e passar a apoiar o segundo mandato do prefeito.

O que preocupa os correligionários de Augusto é uma eventual desistência de Pancadinha, o que poderia levar a formação de uma chapa com Isaac Nery e capitão Azevedo, como é do desejo de ACM Neto. Uma polarização Pancadinha versus Augusto é tida como ideal para que a "virgindade" do segundo mandato consecutivo seja quebrada. 

Outro ponto que vem deixando o augustianismo feliz da vida é o desabafo de ACM Neto em conversas reservadas. O ex-gestor soteropolitano, ex-chefe do Palácio Thomé de Souza, tem dito que se não conseguir unir a oposição vai deixar o processo sucessório correr solto, na base do cada qual cuidando de si e pouco dinheiro do fundo eleitoral, o que não deve faltar na campanha da reeleição de Augusto Castro (PSD). 

Concluo o comentário de hoje com o título da coluna : Oposição desunida, reeleição garantida.

PS (1) - A maior frustração do prefeito Augusto Castro (PSD), no que diz respeito aos partidos, foi não ter conseguido o apoio do MDB, que tem como presidente de honra o ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima, que tende a caminhar pela mesma estrada do ex-alcaide Geraldo Simões (PT) no processo sucessório. 

PS (2) - Foi gigantesca a ingenuidade de Neto Badaró, "prefeiturável" do PP, em acreditar na fidelidade partidária de Jabes Ribeiro, secretário estadual da legenda. O Partido Progressista caminha a passos largos para apoiar o segundo mandato do gestor de Itabuna.

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Marco Wense

Itabunense, Advogado e Articulista de Política

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