Ficar dizendo que tem vários pretendentes querendo ser vice de tal prefeito, candidato à reeleição, é uma maneira de passar para o eleitorado que o gestor de plantão está bem, que pode facilmente se reeleger.
É o que vem acontecendo com Augusto Castro (PSD), alcaide de Itabuna. Todo dia aparece um, digamos, vice-prefeiturável, seja do sexo masculino ou feminino.
A sabedoria popular, quando o assunto é o processo político, costuma dizer que ninguém quer encostar em "cachorro morto", em quem não tem nenhuma chance de sair vitorioso no pleito. O que não é o caso do atual gestor de Itabuna.
Aos poucos, em doses homeopáticas, Augusto vai sendo beneficiado pelo maior "cabo eleitoral" da sua missão de quebrar o tabu do segundo mandato consecutivo : a vaidade dos seus adversários, o cada um por si.
Até as freiras do convento das Carmelitas sabem que o companheiro (ou companheira) de Augusto na majoritária depende do resultado da plenária do PT no próximo sábado, 6 de abril. O mesmo raciocínio vale para o vice de Geraldo Simões, pré-candidato do PT ao cobiçado comando do centro administrativo Firmino Alves.
Se o encontro do PT decidir que a legenda terá candidatura própria, obviamente com Geraldo Simões, quem vai indicar o vice do petista é o MDB, mais especificamente Lúcio Vieira Lima, ex-deputado federal e presidente de honra da sigla. Caso o PT geraldista seja derrotado na plenária, caberá ao deputado Rosemberg Pinto (PT), líder do governador Jerônimo Rodrigues na Assembleia Legislativa, apontar o nome que irá compor a chapa da reeleição.
Pelo emedebismo, o nome mais citado para ser a vice de Geraldo é o da ex-vereadora e ex-candidata a prefeita Charliane Souza. Pelo PT augustiniano, o secretário municipal Rosivaldo Pinheiro é o mais citado.
Todo esse disse-me disse em torno de quem vai compor a chapa da reeleição, encabeçada por Augusto Castro, não tem nenhuma consistência. O chamado "balão de ensaio" é inerente ao jogo pelo poder.
Domingo, 7 de abril, o amanhecer do cenário político pode ser outro, tanto para o PT geraldista, também chamado de PT 1, como para o augustiniano, rotulado de PT 2.
O que se pode afirmar, com todas as letras maiúsculas, e em negrito, é que a disputa pela Prefeitura de Itabuna, pelo maior cargo do Executivo municipal, vai ser acirrada.
Concluo dizendo que o inimaginável hoje, pode virar um fato amanhã durante a campanha. Surpresas e sobressaltos, como sempre digo, são inerentes ao movediço e traiçoeiro mundo da política.
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