O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, do Republicanos da Paraíba, declarou que não houve tentativa de golpe no movimento dos autonomeados "patriotas".
A posição de Motta oxigena o projeto de lei que anistia os participantes do golpismo. O chefe da cobiçada Casa Legislativa comunga com a opinião do bolsonarismo, que passa a acreditar que uma decisão do Parlamento pode influenciar o STF no julgamento da inelegibilidade do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL).
Lideranças do PT desconfiam que o viés de Motta a favor de anistiar os inimigos do Estado democrático de direito, jogando a Constituição na lata do lixo, decorre de um acordo com os parlamentares do PL em troca do voto.
Com efeito, o PT só apoiou Hugo Motta à presidência da Câmara Federal por falta de opção. Lembrando ao caro e atento leitor que Motta é do Republicanos, legenda do presidenciável Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo.
Outro ponto que preocupa o lulopetismo é que o comportamento político de Hugo Motta vai se conduzir de acordo com a aprovação do governo. Se as pesquisas, mais especificamente as do ano eleitoral de 2026, apontarem que a reeleição de Lula é complicada, um chega pra lá é dado como certo.
A declaração de Motta, de que o movimento de 8 de janeiro de 2023 está muito longe de ser uma tentativa de golpe, vai fazer o PT sentir saudades do agora ex-presidente do Parlamento Federal, o deputado alagoano Arthur Lira (PP).
Que as principais lideranças do Partido dos Trabalhadores já coloquem as barbas de molho. É melhor prevenir do que remediar.
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