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MDB E A SUCESSÃO DE JERÔNIMO RODRIGUES  

Coluna Wense, sábado 19 de outubro de 2024

Marco Wense
Por Marco Wense
MDB E A SUCESSÃO DE JERÔNIMO RODRIGUES  
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Geddel Vieira Lima, ex-deputado federal e ex-ministro, deve estar brincando quando levanta a hipótese de Rui Costa como vice do governador Jerônimo Rodrigues no pleito de 2026. 

Geddel e Lúcio Vieira Lima, presidente de honra do MDB, são considerados como as duas principais lideranças do emedebismo da Bahia. "Apenas Rui Costa poderia ocupar posição de vice na chapa de Jerônimo em 2026 sem provocar "mossas" com o MDB", diz Geddel. 

Geddel deixa no ar que o MDB pode romper com a base aliada se a legenda ficar de fora da chapa majoritária. "O MDB não sonha, o MDB tem lugar conquistado nas urnas e reforçado com reiteradas e firmes demonstrações de lealdade ao projeto que integra", declara o polêmico emedebista.

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O MDB, no entanto, sonhou com a possibilidade do vice-governador Geraldo Júnior ser eleito prefeito de Salvador. Deu no que deu : uma decepcionante votação, ficando atrás de Kleber Rosa (PSOL). Vale lembrar que o padrinho político da candidatura de Geraldo foi o senador Jaques Wagner (PT).

Certo mesmo, como 2+2=4, é que o imbróglio na composição da majoritária vai ficar cada vez mais intenso, já que de quatro vagas, somente duas são consideradas intocáveis : a de Jerônimo Rodrigues e Jaques Wagner, respectivamente buscando à reeleição para o comando do Palácio de Ondina e o senado da República. 

É muita ingenuidade de Geddel pensar em Rui Costa aceitando ser vice de Jerônimo Rodrigues. É melhor acreditar na existência da mulher de sete metros que perambulava na rodovia que liga Itabuna a vizinha e irmã Ilhéus. 

A verdade é que o MDB perdeu força política para manter a indicação do vice de Jerônimo. O PSD do senador Otto Alencar e o Avante do empresário Ronaldo Carletto estão "por cima da carne seca", como diz a sabedoria popular. O lulopetismo da Bahia vai ficando cada vez mais refém das duas legendas. O governador Jerônimo Rodrigues, para facilitar o caminho da reeleição, terá que fazer muito "cafuné" em Otto e Carletto. 

Até as freiras do convento das Carmelitas sabem que uma união do PSD com o Avante, dando um chega pra lá no segundo mandato de Jerônimo, é mortal para a legítima pretensão do governador de permanecer por mais quatro anos no comando da Boa Terra, a de todos os santos e orixás, de um invejável e salutar sincretismo religioso. 

Caso o MDB fique de fora da majoritária, o discurso de que o partido poderá romper com o PT vem à tona. Uma reaproximação com ACM Neto, vice-presidente nacional do União Brasil, não pode ser literalmente descartada.

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Marco Wense

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Marco Wense

Itabunense, Advogado e Articulista de Política

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