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MASSACRE POLÍTICO 

COLUNA WENSE, SEXTA-FEIRA, 9 DE AGOSTO DE 2024.

Marco Wense
Por Marco Wense
MASSACRE POLÍTICO 
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O título do comentário de hoje diz respeito a sucessão de Ilhéus. O PT vai fazer de tudo para ter a legenda no comando do Palácio Paranaguá.  

O prefeito Mário Alexandre, do PSD, partido que integra a base aliada do governador Jerônimo Rodrigues, impedido de disputar o terceiro mandato consecutivo, já que a legislação eleitoral proíbe à re-reeleição, acreditava que as principais lideranças do PT adotariam uma posição de neutralidade no processo sucessório.

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Ledo engano. O que se presencia é um massacre político. O presidente estadual do PT, Éden Valadares, disse, em alto e bom som, que a eleição da neopetista Adélia Pinheiro é a prioridade da sigla, que a candidata terá todo o apoio da Executiva nacional. 

O senador Jaques Wagner e Rui Costa, ministro da Casa Civil do governo Lula 3, resolveram entrar de corpo e alma na campanha de Adélia, que a cada dia vai ficando mais favorita, crescendo nas intenções de voto. 

Rui Costa, que andava dizendo que não teria tempo de marcar presença no pleito municipal, mudou de ideia. Ao ser questionado sobre a sucessão, no Jornal Interativa News, da FM de Itabuna, comandado pelo bom radialista Fábio Ferreira, além de tecer rasgados elogios a Adélia, disse que não ficará omisso. "É uma mulher competente, capaz. No momento adequado, eu vou lá, sim, me manifestar sobre o processo da eleição", declarou o ministro. Obviamente que o "vou lá" se refere a Ilhéus. 

Das três principais lideranças do lulopetismo da Bahia - Jerônimo Rodrigues, Jaques Wagner e Rui Costa -, o ministro é o mais importante "cabo eleitoral" de Adélia. Vale lembrar que Rui Costa, então governador, era chamado de "prefeito de Ilhéus". Teve um carinho especial pela cidade. 

A imparcialidade que Mário Alexandre esperava do PT, já que o PSD compõe a base aliada, foi por água abaixo. Se Bento Lima, o candidato do alcaide, tem a máquina do governo municipal, Adélia conta com uma mais poderosa: a do Estado. 

O senador Otto Alencar, dirigente-mor estadual do PSD, se mantém em silêncio. Está satisfeito com o apoio das lideranças do PT à reeleição de Augusto Castro, seu colega de legenda, que quer permanecer por mais quatro anos na cobiçada Prefeitura de Itabuna. 

A sucessão de Ilhéus passa a ser uma das mais importantes para o Partido dos Trabalhadores. Seria um desastre perder o pleito com as três principais lideranças da sigla apoiando Adélia.

O massacre político deve ficar mais intenso com a proximidade do dia 6 de outubro, quando o cidadão e a cidadã vão usar o maior instrumento da democracia : o título de eleitor.

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Marco Wense

Itabunense, Advogado e Articulista de Política

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