Por baixo, fiz quatro ou cinco comentários mostrando minha indignação com a permanência de Juscelino Filho, ministro das Comunicações, no governo Lula 3.
O senhor ministro desdenha a diferença entre o público e o privado. Seu cinismo, ousadia e deboche saltam aos olhos. Juscelino, que é filiado ao União Brasil, continua o mesmo. E vai ficando cada vez mais imexível. É impressionante como consegue se manter no cargo. O silêncio do lulopetismo é ensurdecedor. "Daqui não saio, daqui ninguém me tira". É o que deve dizer quando conversa com seus próprios botões.
Esse "ninguém" é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que parece estar prisioneiro do ministro. É um escândalo atrás do outro. Depois de usar o jatinho da FAB (Força Aérea Brasileira) para assistir um evento de cavalos em São Paulo, de colocar asfalto nas terras de sua família lá no interior do Maranhão, descobre-se agora que seu sogro é uma espécie de chefe de gabinete do ministro. Até quando tudo vai ficar como dantes no quartel de Abrantes ?
Nem as freiras do convento das Carmelitas sabem.
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PERDENDO O SENTIDO DE EXISTIR
Do jeito que anda a República, com os Poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário - cada vez mais perdendo sua função, com o preceito constitucional da harmonia e independência entre eles desaparecendo, não será nenhuma novidade se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentar influenciar o voto do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a favor de Arthur Lira (PP-AL), o todo poderoso presidente da Câmara dos Deputados, acusado de cometer crime de corrupção.
Daqui a pouco a Primeira Turma decide o destino de Lira, que é um dos principais protagonistas do centrão, do toma lá, dá cá. O voto de "Xandão", como ficou conhecido pela sua dureza, é decisivo para tornar Lira réu. O chefe do Palácio do Planalto vai alegar que uma condenação de Lira pode afetar a tal da "governabilidade", um argumento que vai se transformando em um importante aliado da impunidade. Com efeito, governabilidade e impunidade estão sempre de mãos dadas.
E assim caminha a República Federativa do Brasil, com os três Poderes perdendo o sentido de existir
Marco Wense
Itabunense, Advogado e Articulista de Política
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