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Quinta-feira, 05 de Dezembro de 2024
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Como fica o tabuleiro político ilheense com a (auto) retirada de Jabes, o “encantador de desavisados”?

COLUNA CAIO PINHEIRO, SEGUNDA 22 DE JULHO

Caio Pinheiro Oliveira
Por Caio Pinheiro Oliveira
Como fica o tabuleiro político ilheense com a (auto) retirada de Jabes, o “encantador de desavisados”?
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A desistência do pré-candidato Jabes Ribeiro ao executivo municipal de Ilhéus pode ser equiparada a um movimento brusco e arriscado de uma das peças mais importantes do tabuleiro político local. Apesar de amargar um nível de rejeição grande, Jabes, que apelidei de “o encantador”, tem um eleitorado cativo, porém propenso à infidelidade. Explico...

Ao sair do rol dos prefeituráveis, Jabes, ao contrário do que podem estar pensando seus adversários, não quis colocar fim à sua oligarquia, mas requerer espaços de manobra diante dos que se arriscarem a pedir abertamente ou veladamente seu apoio. Os Ribeiros são um verdadeiro sistema de governança, sempre prontos e dispostos a ocupar qualquer uma das instâncias e níveis de poder nessa República onde tantos pilantras se vendem como “homens de bem”.

Bom, mas objetivamente, para quem irão os votos do “encantador”? Há quem diga que o principal beneficiado será Valderico Junior, “o garoto sapatênis”. Seria como uma migração em massa do eleitorado jabista na direção deste. Todavia, essa possibilidade pode ser um ledo engano. Se há uma parte do eleitorado de Jabes fiel, essa é muito pequena, pois a maior parte do “curral” eleitoral jabista sempre foi constituída através de persuasões pouco republicanas. Eleitor de Jabes é escorregadio, quase um “centrão” na forma de voto.

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Assim sendo, a disputa continua aberta. Nessa altura, arrisco dizer que até Bento Lima, o “Chico Bento”, com sua candidatura natimorta, poderá ficar com uma parte do espólio eleitoral jabista. Adélia “a mulher maravilha do PT” pode ser a maior beneficiada em termos eleitorais com essa desistência do “encantador”, mas tudo irá depender de quem lhe ladeará. A escolha do(a) vice nesse momento é a decisão mais urgente e crucial a ser tomada ou assumida pela prefeiturável.

De resto, todos os demais continuam transitando seguramente dentro das suas bolhas. Vanessa Gedeon, “o nome novo do velho NOVO”, Augustão, “a ovelha negra da esquerda caviar” e Capitão Rezende, “o viúvo do bolsonarismo”, infelizmente têm sido pouco propositivos. Seu protagonismo qualificaria muito o debate, numa eleição que se discute muito mais ajuntamento de interesses do que projeto de cidade.

Enfim, mas sem fim, enquanto ladrilho mais esse caminho de palavras, decisões estão sendo tomadas. E como não costumo rifar o que apalavrei, sem detalhes maiores, o que aqui posso dizer é que nos próximos dias o tabuleiro político local será novamente reconfigurado, sob a batuta de um maestro chamado composição. Axé!

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