Pré-candidato a prefeito tem que dizer que vai levar sua pretensão de ser chefe do Executivo até o fim do processo eleitoral, descartando a possibilidade de ser vice, sob pena da sua postulação ser vista pelo eleitor como de mentirinha.
O amigo Carlos Sodré, figura muito respeitada no cenário político, filho de Itapé, tem razão quando diz que "toda vez que alguém disse ser candidato a vice, se teve sorte terminou como candidato a vereador. Ou nem como inspetor de quarteirão".
Portanto, para não terminar como "inspetor de quarteirão", como ironiza Sodré, é melhor se posicionar de maneira incisiva que vai levar a campanha até o último dia, que não vai abrir mão de ter sua foto na urna eletrônica.
Até as freiras do convento das Carmelitas sabem que no frigir dos ovos, na hora da onça beber água, como diz a sabedoria popular, só teremos quatro ou cinco candidatos na disputa pelo comando da cobiçada Prefeitura de Itabuna e apenas dois ou três com possibilidades de ganhar o pleito.
Dos mais de 10 prefeituráveis, dois deles serão candidatos a uma vaga na Câmara de Vereadores. Tem também os que vão desistir pelo meio do caminho.
A desistência decorre de três motivos, que são os principais : 1) o não crescimento nas pesquisas de intenções de voto. 2) a frieza da cúpula estadual e suas lideranças com o prefeiturável. 3) nada de dinheiro do fundo eleitoral.
Nos bastidores, longe dos holofotes e do povão de Deus, tem prefeiturável dizendo que começa a perceber um certo desdém do comando estadual da legenda com sua pré-candidatura. O chamado plano B passa a ser uma espécie de "tábua de salvação".
No mais, para uma análise mais consistente, esperar o início do mês de abril do ano eleitoral de 2024, quando o nevoeiro da sucessão, ainda denso, começa a dissipar.
PS - O título do comentário de hoje - COISAS DA POLÍTICA - é uma homenagem ao saudoso jornalista Carlos Castelo Branco, que tinha uma imperdível coluna política no então Jornal do Brasil. Castelinho, como era carinhosamente chamado, foi meu "professor" de política e também de português. Quem não lesse a Coluna do Castelinho era considerado como um "peixe" fora do aquário da política. A expressão "Coisas da política" é sua. Gostava de usá-la toda vez que se defrontava com um fato político inesperado ou até mesmo engraçado.
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