Amanhã, terça-feira, 2 de setembro de 2025, começa o julgamento do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro e de quatro generais pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.
Essa lamentável situação, com um ex-presidente sendo réu na ação por ruptura da ordem constitucional, agindo fora das quatro linhas da Carta Magna, vem provocando diferentes narrativas protagonizadas por petistas e bolsonaristas.
O argumento é o mesmo: o da perseguição por parte da Justiça, o ativismo político da Alta Corte. Tudo como dantes no quartel de Abrantes. O ditado popular "cara de um, focinho do outro", se encaixa perfeitamente no lulismo e bolsonarismo.
Outro ponto que chama atenção é que o lulismo dizia que o então juiz Sérgio Moro estava sendo parcial no julgamento de Lula na Operação Lava-Jato. Agora é o bolsonarismo que diz a mesma coisa em relação ao ministro Alexandre de Moraes.
Dos quatro generais, a expectativa maior fica por conta de dois: Braga Neto e Augusto Heleno. O primeiro, que foi candidato a vice de Bolsonaro e ex-ministro da Casa Civil, é acusado de ser o principal coordenador da trama golpista. O segundo, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), por ser o pai da narrativa contra as urnas eletrônicas.
Concluo dizendo que as consequências de toda essa situação, que no frigir dos ovos vai terminar sobrando para a população da parte de baixo da pirâmide social, decorre da odienta polarização lulismo versus bolsonarismo.
Essa disputa pelo poder, assentada no ensinamento maquiavélico de que os fins justificam os meios, vai enterrando o Brasil. O vale-tudo chega a ser até assustador.
A vassoura, que foi o símbolo da campanha presidencial de Jânio Quadros, poderia ser usada pelo eleitorado para "varrer" a odienta polarização.
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