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Terça-feira, 03 de Dezembro de 2024
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A FORÇA DAS PESQUISAS

Coluna Wense - Quinta dia 01 de junho

Marco Wense
Por Marco Wense
A FORÇA DAS PESQUISAS
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Conversa vai, conversa vem, reuniões, visitas, encontros e entrevistas. É o corre-corre dos prefeituráveis. E ainda faltam mais de um ano e três meses para o dia do pleito. 

Vale lembrar que a política não costuma socorrer os que dormem. Quem achar que o voto cai do céu, bastando só rezar ou orar, vai ficar a ver navios, esperando algo que não vem. 

É aconselhável um bom dia, boa tarde e boa noite sempre com sorriso largo no rosto. O eleitor não gosta de candidato com cara de carranca, mal-humorado e nem excessivamente gaiato.

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O caminho para conquistar a Prefeitura de Itabuna é longo, árduo e cheio de obstáculos. Sem falar nos dois ingredientes inerentes ao movediço mundo da política : traição e ingratidão. 

Conversa vai, conversa vem. Mas o que vai valer mesmo são as intenções de voto. Se o prefeiturável não crescer nas pesquisas até fevereiro de 2024, o comando estadual do partido começa a pensar em outra alternativa. 

A tão falada autonomia, de que o diretório municipal é quem vai tomar as decisões, não passa de uma falácia, de um cínico fingimento. Imagine, caro e atento leitor, as famigeradas comissões provisórias. 

Até as freiras do convento das Carmelitas sabem que na hora da onça beber água, como diz a sabedoria popular, vem o "manda quem pode, obedece quem tem juízo". A hierarquia partidária tem aversão a essa defesa de que é a maioria que decide. No frigir dos ovos, o que prevalece são os interesses dos que se acham donos dos partidos. E os filiados ? E a militância ? Ora, ora, que se danem. 

O exemplo-mor de que as pesquisas são importantes pode acontecer na federação PT/PCdoB/PV. Uma candidatura própria, representando esse trio partidário, só vai ser efetivada se o prefeiturável mostrar viabilidade eleitoral e força política. 

Geraldo Simões (PT), ex-prefeito de Itabuna por dois mandatos, tem consciência de que precisa pontuar bem nas consultas para que sua legítima pretensão de retornar ao comando do cobiçado centro administrativo Firmino Alves receba o apoio das três principais lideranças do PT da Boa Terra : governador Jerônimo Rodrigues, senador Jaques Wagner e Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil do governo Lula 3.

O presidente do diretório do PT de Itabuna, Jackson Moreira, diz, em alto e bom som, sem pestanejar, que a hipótese de uma intervenção, com o intuito de dar outro rumo ao partido na sucessão, não existe. "Vamos ter candidatura própria se a maioria dos companheiros assim decidir", declara Moreira com uma firmeza que salta aos olhos. 

O prefeito Augusto Castro (PSD-reeleição) sabe que o apoio do PT ao segundo mandato fica na dependência de uma demonstração de força, de que pode derrotar o candidato de ACM Neto (União Brasil) e de João Roma (PL). 

Concluo dizendo que Augusto Castro e Geraldo Simões têm o mesmo dilema: melhorar suas intenções de voto nas pesquisas. O pragmatismo da política sempre fala mais alto.

PS - Quando uma liderança política do interior vai na capital conversar com o dirigente estadual sobre a possibilidade de assumir o comando da sigla no seu município, a primeira coisa que exige é autonomia. A exigência é logo aceita e sem nenhuma ressalva. Quando chega o ano eleitoral da sucessão, começa a perceber que foi enganado, que lhe fizeram de trouxa.

 

 

 

 

 

Marco Wense

Itabunense, Advogado e Articulista de Política

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