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Sabado, 22 de Marco de 2025
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Oportunidades e Desafios para Ilhéus: O Impacto da FIOL e do Porto Sul

O evento destacou a urgência de concluir as obras e os impactos da possível compra da Bamin pela Vale.

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Por Mandato Bahia
Oportunidades e Desafios para Ilhéus: O Impacto da FIOL e do Porto Sul
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Na última quarta-feira (6), a Associação Comercial e Industrial de Ilhéus (ACII), em parceria com o SEBRAE, promoveu um debate estratégico sobre os rumos do Porto Sul e da FIOL (Ferrovia Oeste-Leste), projetos paralisados que podem transformar a economia do Sul da Bahia. Com participação de empresários, autoridades e sociedade civil, o evento destacou a urgência de concluir as obras e os impactos da possível compra da Bamin pela Vale.

Neste artigo, exploramos os principais pontos discutidos, as propostas apresentadas e como esses projetos podem resgatar o protagonismo de Ilhéus e região no cenário nacional.

A Paralisação das Obras e a Possível Compra da Bamin pela Vale

A Bamin, responsável pela construção do trecho 1 da FIOL (Ilhéus-Barreiras) e do Porto Sul, venceu a licitação em 2021, mas até hoje não avançou nas obras. Agora, a Vale demonstra interesse em adquirir o ativo, o que poderia destravar o projeto e viabilizar a integração da FIOL com a FICO (Ferrovia de Integração do Centro-Oeste).

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Durante o evento, Herder Mendonça, administrador e especialista em logística, comparou o potencial das obras a um “prêmio da Mega Sena” para Ilhéus:
“O Porto Sul e a FIOL são a chave para impulsionar o agro, o turismo e a indústria. Ilhéus precisa crescer e se desenvolver para aproveitar suas riquezas naturais e culturais.”

Já Luiz Uaquim, arquiteto e líder do movimento pela retomada das obras, foi enfático:
“Não importa quem ficará com a Bamin. O essencial é que as obras avancem para gerar empregos, atrair investimentos e integrar nossa região ao resto do país.”

FIOL e Porto Sul: O Projeto que Pode Mudar a Logística Nacional

Herder Mendonça apresentou um relatório detalhado sobre a Corrente de Comércio Bioceânica, que integra modais ferroviários, rodoviários e marítimos. Confira os destaques:

1. O Potencial Logístico

  • 700 milhões de toneladas/ano: Capacidade estimada para escoamento de minérios, grãos, fertilizantes e equipamentos via FIOL, FICO e Porto Sul.

  • HUBs Multimodais: Implantação de terminais ferroviários em Ilhéus, Itabuna e Uruçuca para cargas pesadas, além de Centros de Distribuição (CDs) rodoviários para produtos leves (eletrônicos, alimentos, medicamentos).

  • Redução de Riscos: Retirar caminhões de carga pesada (até 100 toneladas) das rodovias antigas, garantindo segurança e eficiência.

2. Impactos Urbanos e Turísticos

  • Avenida Soares Lopes: Projeto urbanístico para integrar o Porto Sul ao turismo, destacando praias, manguezais e a herança cultural de Jorge Amado.

  • Receptivo Turístico Cosmopolita: O porto atrairá navios de cruzeiro e investimentos em infraestrutura hoteleira, colocando Ilhéus no mapa global.

3. O Agro e a Mineração como Motores

  • Safras Recordes: O escoamento da produção do Centro-Oeste (400 milhões de toneladas) e da Bahia (60 milhões de toneladas) depende da FIOL.

  • Sítio Mineral de Ipiaú e Jequié: Exploração sustentável de recursos naturais, gerando empregos e receita para a região.

O Papel das Autoridades e o Chamado à Ação

O prefeito de Ilhéus, Valderico Junior, foi representado pelo secretário Paulo Ganem, em companhia de outros secretários do município,  que se comprometeu a levar as propostas ao governo municipal. Para os debatedores, a pressão da sociedade é crucial:

  • Cobrança Transparente: Monitorar prazos e exigir atualizações sobre licitações e acordos com a Vale.

  • Diálogo com a Vale: Garantir que a empresa priorize os interesses locais em sua eventual aquisição da Bamin.

O evento reforçou que a FIOL e o Porto Sul não são apenas projetos de infraestrutura, mas uma oportunidade histórica para Ilhéus retomar seu lugar de destaque no Brasil. Como afirmou Herder Mendonça:
“Temos a obrigação de pensar grande. É hora de abraçar essa megaoportunidade e resgatar os tempos dourados do cacau, agora com logística, tecnologia e sustentabilidade."

O evento contou com o apoio e a participação ativa da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), do Sindicato do Comércio de Ilhéus (Sicomércio), do Governo Municipal e de diversas entidades empresariais e da sociedade civil, que reforçaram a importância da união de esforços para pressionar pela conclusão das obras.

FONTE/CRÉDITOS: ACII
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