Nomeada recentemente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann deu início a uma intensa agenda de reuniões e negociações com lideranças políticas. O objetivo é estreitar relações e garantir apoio para os projetos prioritários do governo federal. Entretanto, um levantamento do Instituto de Pesquisa Real Time Big Data divulgado na terça-feira (11) trouxe uma notícia desfavorável para a nova ministra: a maioria da população não acredita que sua chegada ao governo contribuirá para a melhoria da aprovação de Lula.
De acordo com a pesquisa, 71% dos entrevistados afirmaram que a ministra não ajudará a aumentar a popularidade do presidente, e apenas 16% consideram sua nomeação uma escolha acertada. Além disso, 64% dos entrevistados disseram não saber quem é Gleisi Hoffmann, enquanto apenas 36% afirmaram conhecê-la.
Apesar do cenário desafiador, Hoffmann segue sua agenda política. Nesta terça-feira, ela se reuniu com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e, à noite, promoveu um jantar com lideranças do MDB, PSD e PP. No almoço realizado mais cedo, a ministra discutiu com parlamentares de esquerda temas como o aumento da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, um dos projetos prioritários do governo.
Na quarta-feira (12), Hoffmann tem encontros agendados com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e o relator do Orçamento da União, senador Angelo Coronel (PSD-BA), para discutir ajustes no texto do orçamento de 2025. A votação, prevista para a próxima semana, representa um dos primeiros grandes desafios da ministra.
Desempenho no PT também é mal avaliado
A pesquisa também apontou que a gestão de Gleisi Hoffmann como presidente nacional do PT foi considerada ruim por 62% dos entrevistados. Apenas 12% avaliaram positivamente seu desempenho no comando do partido.
Diante desse cenário de rejeição e desconhecimento por parte da população, a nova ministra enfrenta o desafio de provar sua capacidade de articulação política e reverter a percepção negativa. Sua principal missão é fortalecer a base do governo no Congresso e garantir aprovação dos projetos considerados essenciais para a gestão de Lula, em um momento de dificuldades políticas e econômicas.
O levantamento do Real Time Big Data ouviu 1.200 pessoas em todo o país entre os dias 10 e 11 de março, com margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, e 95% de nível de confiança.
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