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Sexta-feira, 07 de Novembro de 2025
CÃMARA DE ILHÉUS
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Marão, o estrategista que assusta pela confiança e move o tabuleiro político de Ilhéus.

Editorial

Mandato Bahia
Por Mandato Bahia
Marão, o estrategista que assusta pela confiança e move o tabuleiro político de Ilhéus.
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Na política, poucos líderes mantêm a serenidade quando o tabuleiro se move em todas as direções. Mário Alexandre, o Marão, é um desses nomes. Ex-prefeito de Ilhéus e figura central nas articulações regionais, ele voltou ao centro do debate político ao reafirmar com a segurança de quem sabe o que faz que não se arrepende de ter mantido a candidatura de Bento Lima à Prefeitura nas eleições de 2024.

Em entrevista ao programa O Tabuleiro, da Rádio Ilhéus FM, nesta segunda-feira (3), Marão demonstrou mais uma vez o perfil que o consolidou como uma das figuras mais calculistas e estratégicas da política baiana. “A responsabilidade foi inteiramente minha. Quem ganha é o líder, quem perde é o líder. A responsabilidade é toda minha”, afirmou, em tom firme e sem espaço para hesitação.

Mais do que uma simples declaração, a fala traduz o pensamento de um político que entende o valor da coerência e da autoridade. Marão sabe o peso da liderança e, por isso, não terceiriza decisões nem divide culpas. Sua convicção, no entanto, costuma incomodar quem ainda não compreendeu a lógica de quem pensa dois movimentos à frente.
Com clareza e sem rodeios, o ex-prefeito explicou por que não apoiaria quem rejeitou sua presença no palanque. 
“Eu nunca vou apoiar quem não quer meu apoio. Quer meu apoio? ‘Não, o Marão é isso, não quero o Marão’. Eu vou apoiar quem não quer meu apoio? Eu sou besta?”, disse, ao se referir à candidata petista Adélia Pinheiro. A resposta, direta e cortante, revela mais que uma defesa pessoal: expõe a essência de um estrategista que não atua por conveniência, mas por convicção.

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Mesmo em meio às pressões políticas, Marão manteve o eixo e o comando da própria narrativa. Ele relatou ter conversado com o ministro Rui Costa e com o governador Jerônimo Rodrigues — ambos orientaram a continuidade da candidatura de Bento Lima. “Quando perguntei a Jerônimo, uns 15 dias antes da eleição, ele disse: ‘Não, Marão, mantenha a candidatura’. O Otto, naquele momento da Polícia Federal, chegou a sugerir a retirada, mas depois me ligou e disse para manter”, revelou.

A declaração mostra que, por trás das câmeras, Marão continua sendo uma voz que ressoa forte nos bastidores do poder. Sua lealdade ao grupo e sua capacidade de sustentar decisões mesmo sob fogo cruzado revelam o político que não apenas participa do jogo ele o entende, o lê e o antecipa.

Em tempos em que muitos se escondem atrás das circunstâncias, Marão reafirma um estilo próprio: o da confiança que intimida, da estratégia que surpreende e da liderança que, mesmo fora do cargo, continua a movimentar o tabuleiro político de Ilhéus.

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