O deputado federal Pedro Aihara (PRD-MG) foi o parlamentar que mais gastou com alimentação este ano na Câmara dos Deputados. O bombeiro que virou congressista vem tentando usar o dinheiro da verba parlamentar para bancar, inclusive, bebidas alcoólicas, ainda que seja vetado pela Casa. Na lista tem até chope em Copacabana durante o Carnaval. Foram R$10 mil pagos com recurso público em restaurantes e bares apenas em um semestre.
Aihara já comeu salmão ao molho de maracujá, em Balneário Camboriú; arroz de polvo, em Maceió e vieiras grelhadas, no Rio de Janeiro. Todas essas notas foram apresentadas para a Casa pagar. Procurado, o deputado informou por meio de seu gabinete que houve erro de sua equipe e vai pedir correção em relação ao pedido de ressarcimento por bebidas alcoólicas.
Notas com bebidas alcoólicas passam pelo crivo da Câmara – “Explore os seus sentidos”, é o slogan do Taj Bar, um “bar temático sofisticado no estilo indo-asiático, com música e cozinha refinada” que tem filiais por todo o Brasil. No dia 27 de novembro do ano passado, uma segunda-feira, Aihara foi à filial de Curitiba e pediu um risoto de camarão, um Big Mule, um Pharmacy Book e pagou o couvert às 23h46.
Ele pediu ressarcimento de R$ 114,80, valor que corresponde ao risoto e ao Pharmacy Book — drinque alcoólico feito a base de uísque, rum, cordial de framboesa, vinho do porto, limão, noz moscada e defumação de canela — e foi reembolsado integralmente. Esse foi o primeiro episódio em que a Câmara bancou por um etílico do deputado.
O AA Wine, estabelecimento focado em vinhos e sediado em Minas Gerais foi visitado por Aihara no dia 2 de março deste ano, um sábado. Na virada para o domingo, às 00h36, o deputado pagou a conta, que terminou com dois vinhos, três águas, uma sobremesa não especificada e um varal de charcuterias. Ele pediu R$ 276,54 de reembolso, valor que inclui, entre outros itens, uma das garrafas de vinho. A Câmara novamente o reembolsou.
O Chaplin Restaurante, em Balneário Camboriú (SC), foi a terceira parada feita por Aihara. O deputado esteve no estabelecimento que fica de frente para o mar há poucas semanas, no dia 7 de junho, numa sexta-feira. Ele pagou a conta na virada do dia, à meia-noite do sábado. Foi essa a taxa mais cara que o parlamentar pediu reembolso: R$ 388,30.
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