O prefeito da vizinha e irmã Ilhéus, Mário Alexandre (PSD), adotou a estratégia de que é melhor ser derrotado com Bento Lima do que sair vitorioso com um prefeiturável que não tenha sua confiança.
Com Bento Lima, ex-secretário municipal de Gestão, o chefe do Executivo não correria o risco de sofrer uma ingratidão em 2026, quando pretende disputar uma vaga na Câmara dos Deputados.
Os pré-candidatos Adélia Pinheiro, recém-filiada ao PT, e o vice-prefeito Bebeto Galvão (PSB) seriam duas incógnitas em relação a pretensão de Marão, como é mais conhecido.
A opinião no grupo político maronista de que tanto Adélia como Bebeto dariam um chega pra lá em Marão assim que assumisse o comando do cobiçado Palácio Paranaguá é unânime.
Com dois prefeituráveis da base aliada, Bento Lima e Adélia Pinheiro, descartando Bebeto, que está isolado, inclusive sem a solidariedade da deputada federal Lídice da Mata, dirigente-mor do socialismo da Boa Terra, as três principais lideranças do PT - governador Jerônimo Rodrigues, senador Jaques Wagner e o ministro Rui Costa - devem adotar uma posição de neutralidade no processo sucessório da cidade que poderia ser a princesinha do sul da Bahia.
E nessa de ficar com receio de magoar fulano, sicrano e beltrano, o Partido dos Trabalhadores vai vendo o Avante de Ronaldo Carletto e o PSD de Otto Alencar cada vez mais forte e, como consequência, caminhando para serem as legendas protagonistas em 2026.
Para o alívio do governador Jerônimo Rodrigues, já de olho na sua reeleição, os prefeituráveis Jabes Ribeiro (PP) e Valderico Júnior (União Brasil) não estão se entendendo. Pelo andar da carruagem, o desfecho é cada um cuidando do seu próprio quintal.
Se Marão conseguir eleger o insosso Bento Lima, pode até reivindicar a vice de Jerônimo Rodrigues no pleito de 2026, obviamente com o apoio do senador Otto Alencar, presidente estadual do PSD.
Comentários: