Entrevistado nesta terça-feira (23) por Mário Kertézs, na rádio Metrópole FM, o presidente Lula deixou bem claro que não vai participar ativamente da sucessão de Salvador.
"Não vou me jogar para criar conflito", declarou o morador mais ilustre do Palácio Alvorada ao ser questionado sobre sua presença na sucessão de Salvador.
Até as freiras do convento das Carmelitas sabem que o petista-mor está se referindo ao Congresso Nacional e, mais especificamente, ao União Brasil, que tem o prefeito Bruno Reis como postulante a um segundo mandato (reeleição).
O União Brasil apoia o governo Lula 3. Salvo engano, tem três ministérios. A declaração da maior autoridade do Brasil deixou o emedebismo soteropolitano preocupado. O partido, que tem como presidente de honra Lúcio Vieira Lima, não esperava que Lula fosse frio com a pré-candidatura do vice-governador Geraldo Júnior, prefeiturável do MDB no processo sucessório da capital.
Correligionários mais próximos de Bruno Reis estão aconselhando o alcaide a evitar qualquer aproximação com o ex-presidente Bolsonaro, reforçando assim uma eventual decisão de Lula de não participar da campanha de Geraldo Júnior.
Pelo andar da carruagem, o invejável "cabo eleitoral" da região Nordeste, em nome da tal governabilidade, vai deixar o prefeiturável do MDB a ver navios.
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