O Partido dos Trabalhadores de Itabuna viveu um período de turbulência, com os companheiros em lados opostos no processo sucessório de 2024.
O PT 1, ligado ao ex-alcaide Geraldo Simões, defendia candidatura própria. O PT 2 o apoio à reeleição do prefeito Augusto Castro (PSD), tendo na linha de frente Manoel Porfírio, eleito vereador.
Foi um pega-pega entre os "dois" PTs. Ainda bem que sem nenhuma atitude incivilizada por parte da militância. O PT 2 saiu vitorioso do confronto.
O chefe do Executivo conquistou o segundo mandato consecutivo, quebrando o tabu da reeleição. Nenhum prefeito na história política do município tinha sido reeleito.
O apoio do PT 2 foi importante, mas não tão significativo para a permanência de Augusto no comando do cobiçado centro administrativo Firmino Alves.
A junção das três principais lideranças do PT da Bahia em torno da candidatura de Augusto, dando um chega pra lá no PT 1, foi crucial. Obviamente que me refiro ao governador Jerônimo Rodrigues, senador Jaques Wagner e o ministro Rui Costa.
Augusto não enfrentou adversários de muita preocupação. O que mereceu mais atenção foi o deputado estadual Fabrício Pancadinha (Solidariedade). O engenheiro Chico França (PL) não tinha experiência, vivência política. O médico Isaac Nery (PDT) sem nenhuma estrutura partidária, com pouco tempo no horário eleitoral e sem ajuda financeira do partido. Segundo Isaac, o comando estadual do PDT, sob a batuta do deputado federal Félix Júnior, não cumpriu com o que foi prometido.
O caminho da reeleição de Augusto ficou livre, os obstáculos eram poucos. Conseguiu o segundo mandato sem nenhuma dificuldade, nem no campo da política e, muito menos, no financeiro. Sua campanha está entre as que mais gastaram dinheiro.
Como não bastassem todas essas facilidades, ainda contou com o preconceito racial de uma parte considerável do eleitorado em relação a Pancadinha.
O prefeito Augusto Castro quer quebrar outro tabu: eleger a primeira-dama Andrea Castro para à Assembleia Legislativa do Estado (Alba), o Parlamento estadual.
PS - Em relação ao PT que queria candidatura própria, a expectativa fica por conta de como a militância vai se comportar na sucessão estadual, já que Jerônimo Rodrigues, Jaques Wagner e Rui Costa deram total apoio ao segundo mandato de Augusto Castro. Trataram a pré-candidatura do "companheiro" Geraldo Simões com desdém.
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