O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, hoje inelegível, considerado como o "mito" da direita brasileira, não anda nada satisfeito com algumas lideranças do PL, seu abrigo partidário.
O ex-chefe do Palácio do Planalto, arcabouço do Partido Liberal, maior "cabo eleitoral" das eleições de 2022, responsável direto pela invejável bancada da legenda no Congresso Nacional, está tiririca da vida com algumas personagens importantes da sigla.
Vamos começar pelos rasgados elogios do governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro, que anda enaltecendo a experiência do petista-mor. O chefe do Palácio Guanabara quer fazer "cafuné" nos dois "mitos", o da direita e esquerda. Essa estratégia de servir a dois senhores termina desagradando a ambos.
Como não bastasse, vem o senhor Valdemar da Costa Neto, presidente nacional do PL, ex-lulista de carteirinha, e diz que Lula é um "camarada do povo". E mais : "O Lula é completamente diferente, é um fenômeno, por chegar onde ele chegou".
Para não "cuspir no prato que comeu", como diz a sabedoria popular, já que foi correligionário bem próximo do então mandatário-mor do Brasil, Valdemar declarou que Lula "foi bem no governo, e elegeu Dilma depois". Finalizou dizendo que Lula "é completamente diferente de Bolsonaro".
Já José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil, um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, além de fazer críticas a deputada federal Gleisi Hoffamann, presidente nacional do PT, em decorrência da sua postura em relação à política econômica do ministro Fernando Haddad (Fazenda), disse, em alto e bom som, sem precisar de megafone, que "a direita está ganhando essa disputa político-eleitoral", obviamente se referindo ao pleito deste ano, ao processo sucessório municipal.
Concluo dizendo que no movediço e traiçoeiro mundo da política tem "companheiros" e companheiros. O aspeado são os "companheiros" amigos da onça.
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