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A CAMINHADA DE PANCADINHA E O VOTO ÚTIL 

COLUNA WENSE, QUARTA-FEIRA, 2 DE OUTUBRO DE 2024. 

Marco Wense
Por Marco Wense
A CAMINHADA DE PANCADINHA E O VOTO ÚTIL 
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A verdade, nua e crua, é que a caminhada de Fabrício Pancadinha (SDD) deixou o staff político do prefeito Augusto Castro (PSD-reeleição) preocupado. 

Augustinianos, depois do evento, não estão mais dizendo que o alcaide vai vencer o pleito com mais de 10 mil votos de frente. O arrependimento de quem apostou começa a aflorar. 

O desaconselhável "já ganhou" escafedeu-se. A opinião, até mesmo entre os eleitores do segundo mandato, que querem a permanência do chefe do Executivo por mais quatro anos na Prefeitura de Itabuna, no comando do cobiçado centro administrativo Firmino Alves, é que a disputa ficou acirrada. 

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Pancadinha fez uma boa caminhada, atingindo assim o objetivo de animar a militância na última semana da campanha, o que é imprescindível em uma eleição que ainda se encontra indefinida. 

Augusto tem pela frente, como uma espécie de adversário, o chamado "voto útil". Vale ressaltar que esse tipo de voto também atinge Pancadinha. Mas em relação ao prefeito é bem menor e menos consistente.

Numa explicação mais didática, o voto útil é aquele que é acionado quando o candidato do eleitor não tem nenhuma chance de vencer o processo sucessório, o que o faz sufragar quem pode derrotar quem ele não quer que seja eleito.

Como não bastasse, muitos bolsonaristas que iriam votar na reeleição de Augusto estão retornando para o candidato Chico França, do PL, abrigo partidário do ex-presidente Bolsonaro, o "mito" da direita brasileira. O precípuo argumento é que Augusto assumiu um compromisso com o PT de apoiar o presidente Lula na sucessão de 2026, quando o petista-mor pretende disputar o quarto mandato. Com efeito, as três principais lideranças do lulopetismo da Boa Terra - governador Jerônimo Rodrigues, senador Jaques Wagner e o ministro Rui Costa - dão como favas contadas a presença de Augusto no palanque do morador mais ilustre do Palácio do Alvorada. 

Outro ponto da sucessão é que o pleito não está sendo federalizado. A prova inconteste é a posição de Chico França nas pesquisas de intenções de voto. Lembrando que o então candidato Bolsonaro, que buscava o segundo mandato, obteve em Itabuna 52.768 votos, equivalente a 47,07% dos eleitores. 

Concluo dizendo que o jogo da sucessão, da tomada do poder, está aberto. Aconselho aos apostadores de plantão o ditado popular que "cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém".

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Marco Wense

Itabunense, Advogado e Articulista de Política

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