A sucessão de Itabuna, com o gestor Augusto Castro disputando o segundo mandato (reeleição) pelo PSD, tem três incertezas e uma infantil ilusão.
A primeira dúvida diz respeito a federação Brasil da Esperança, composta pelo PT/PCdoB e PV. Geraldo Simões, petista histórico, será o candidato a prefeito do trio partidário ?
A segunda indefinição envolve também o ex-prefeito. Uma vez candidato, o PCdoB e PV, hoje no primeiro escalão do governo municipal, vão deixar Augusto a ver navios ?
A terceira tem como protagonista o governador Jerônimo Rodrigues (PT). O chefe do Palácio de Ondina vai tomar que posição, caso o imbróglio na federação permaneça ?
Sobre essa última incerteza, o caminho da neutralidade é a melhor saída para a maior autoridade política da Boa Terra. O governador não iria se indispor com o senador Otto Alencar, presidente estadual do PSD, legenda do prefeito de plantão.
O PSD é aliado imprescindível na base de sustentação política do governismo. Na hora da onça beber água, como diz a sabedoria popular, Otto vai pedir ao governador que se mantenha distante da sucessão em Itabuna.
Outro ponto é que o PSD pode abrir mão de ter candidatura própria em alguns municípios para apoiar o prefeiturável do PT, como, por exemplo, na irmã e vizinha Ilhéus, a nossa princesinha do sul da Bahia.
E a infantil ilusão ? Essa fica por conta do deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), líder do jeronismo na Assembleia Legislativa. O parlamentar acredita que o PT 1, que defende a candidatura de Geraldo Simões, ainda vai fazer as pazes com Augusto Castro e, como consequência, apoiar o desejo do augustianismo de ter seu líder-mor por mais quatro anos no cobiçado comando do centro administrativo Firmino Alves.
Rosemberg é o maior aliado do chamado PT 2, o PT que quer o segundo mandato de Augusto, também rotulado de PT augustiano. Do seu lado, o vereador licenciado Manoel Porfírio, companheiro de sigla.
Quem pode mudar esse cenário de incertezas e ilusões ? Perguntaria o caro e atento leitor. A resposta é bem fácil : as pesquisas de intenções de voto.
No tocante a Augusto Castro e Geraldo Simões, ambos precisam demonstrar força política e viabilidade eleitoral para derrotar os prefeituráveis ligados a ACM Neto (União Brasil) e ao ex-ministro João Roma (PL).
Transformando em corrente política, quem tiver mais chances de derrotar o netismo e o romismo terá mais atenção do governador Jerônimo Rodrigues, já de olho na sua reeleição em 2026.
PS - ACM Neto e João Roma comungam com a mesma opinião. Ou seja, a de que a falta de diálogo entre os pré-candidatos que fazem oposição ao governo municipal e ao lulopetismo vai levar o pleito a uma polarização entre o atual prefeito Augusto Castro e o ex-Geraldo Simões.
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