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TIPOS DE TOMA LÁ, DÁ CÁ

COLUNA WENSE, TERÇA-FEIRA, 19 DE DEZEMBRO DE 2023.

Marco Wense
Por Marco Wense
TIPOS DE TOMA LÁ, DÁ CÁ
Marco Wense, PT, Jerônimo Rodrigues, Salvador, Geraldo Júnior, MDB
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Tem o toma lá, dá cá que envolve dinheiro público, o que diz respeito ao papel-moeda dos prefeituráveis e o eminentemente político. O primeiro é vergonhoso. Os outros dois são aceitáveis. 

No tocante ao dindim dos pré-candidatos, até as freiras do convento das Carmelitas sabem que no movediço e traiçoeiro mundo da política não existe almoço de graça, café da manhã e nem jantar. Pode até alguém pagar a conta hoje, mas no outro dia a cobrança vem com força.

O toma lá, dá cá assentado no acordo entre os partidos e suas lideranças é natural. Fica o conselho para que fiquem atentos. Vale lembrar que os menos espertos dão beliscão em azulejo. E com as unhas grandes.

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Como exemplo de um toma lá, dá cá eminentemente político, cito o do MDB, que de olho no apoio do governador Jerônimo Rodrigues e do PT de Salvador à pré-candidatura de Geraldo Júnior ao Palácio Thomé de Souza, vai apoiar o deputado estadual petista Zé Neto para a cobiçada Prefeitura de Feira de Santana. Na frente dessa articulação, o ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima, presidente de honra do emedebismo da Boa Terra. Lúcio é comparado, quando o assunto se refere aos bastidores da política, ao senador Jaques Wagner (PT), considerado uma "águia" no jogo da conquista do poder. 

O pragmático MDB, visando ter o chefe do Palácio de Ondina ao lado do prefeiturável Geraldo Júnior, pretende estender essa tática para outros municípios, fortalecendo assim a escolha do vice-governador como o representante da base aliada para enfrentar o favoritismo de Bruno Reis, postulante a um segundo mandato (reeleição) pelo União Brasil. 

A estratégia de Lúcio já tem seguidores. O PSD do senador Otto Alencar, comandante-mor da legenda, em contrapartida pela decisão da sigla de não lançar candidatura própria a prefeito de Salvador, caminhando o apoio da sigla ao vice-governador, vai exigir que o MDB apoie pré-candidatos do PSD, principalmente os que vão disputar à reeleição, como é o caso de Augusto Castro, gestor de Itabuna.

Esse apoio do MDB ao prefeito de Itabuna é uma missão daquelas consideradas complicadas. Percentualmente falando, a chance não passa de 2%. Lúcio vai estar ao lado do PT 1, o PT que defende o nome do ex-prefeito Geraldo Simões no pleito de 2024. 

Volto a dizer, e já disse por várias vezes, que Geraldo Simões, para afastar de vez a hipótese de não ser candidato, precisa melhorar sua performance nas pesquisas de intenções de voto. E vem melhorando, mesmo que em doses homeopáticas. Outra notícia boa para o ex-chefe do Executivo é que sua rejeição vem diminuindo. 

A sucessão de Itabuna ainda está envolta por um denso nevoeiro. Só a partir de abril é que o cenário vai ficar mais transparente. As nuvens cinzentas vão se dissipando com a proximidade das convenções partidárias. 

Como consequência de uma maior visibilidade, pode acontecer três coisas : 1) a desistência de candidaturas. 2) certos prefeituráveis passam a ser postulantes a candidato a vice-prefeito, de preferência em uma majoritária encabeçada por quem tem alguma esperança de sair vitorioso no processo sucessório. 3) alguns colocam os pés no chão e saem candidatos ao Legislativo municipal.

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Marco Wense

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Marco Wense

Itabunense, Advogado e Articulista de Política

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