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RUI, WAGNER, MDB E A SUCESSÃO DE SALVADOR

COLUNA WENSE, TERÇA-FEIRA, 26 DE SETEMBRO DE 2023

Marco Wense
Por Marco Wense
RUI, WAGNER, MDB E A SUCESSÃO DE SALVADOR
ARQUIVO/MANU DIAS/GOVBA
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A sucessão de Salvador é mais um capítulo que ratifica que o relacionamento político entre o ministro Rui Costa e o senador Jaques Wagner vem sofrendo desgaste a cada eleição. 

O nome de Rui para a disputa do Palácio Thomé de Souza era o de José Trindade, presidente da Conder e filiado ao PSB da deputada federal Lídice da Mata. Trindade teria que sair da legenda socialista para se filiar ao PT. A manobra foi interceptada por Wagner no nascedouro. 

Wagner, considerado uma invejável águia na articulação política, tratou logo de endossar à pré-candidatura do companheiro e deputado estadual Robson Almeida, dando assim um chega pra lá em Trindade.

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No frigir dos ovos, depois de todo esse bafafá, desse pega-pega entre o criador e a criatura - Wagner é o responsável direto pela ascensão política de Rui -, o que se pode concluir é que os irmãos Vieira Lima, Lúcio e Geddel, figuras proeminentes do MDB da Boa Terra, continuam vivos. 

Wagner vem trabalhando pela candidatura do vice-governador emedebista Geraldo Júnior. O lulopetismo soteropolitano, quando se trata da sucessão da capital, dar mais uma demonstração de fraqueza, que não tem opção com força política e viabilidade eleitoral para enfrentar o netismo. 

Geraldo Júnior já considera como favas contadas o apoio do PT. Sua pretensão de disputar à sucessão de Bruno Reis (União Brasil-reeleição) ficou robustecida com a decisão do TSE de que o vice-governador pode concorrer no pleito municipal sem renunciar ao cargo. 

Não se sabe ainda o que passa pela cabeça do ministro da Casa Civil depois de ter seu preferido defenestrado, sem dó e piedade, do processo sucessório.

Todo esse jogo visando a eleição de 2024 está sendo feito em direção a 2026, quando serão apenas quatro vagas na majoritária da chapa do segundo mandato de Jerônimo Rodrigues (PT) : a da candidatura natural à reeleição do governador, o seu vice e duas vagas disputando o Senado. 

Wagner vai buscar à reeleição. Como dificilmente teremos dois petistas na disputa pela Câmara Alta, o caminho mais provável para Rui Costa é procurar outro abrigo partidário. O Avante é tido como a melhor opção para o ex-governador.

No mais, a certeza que ainda tem muita poeira para ser assentada. Sem falar nos ingredientes inerentes ao processo político : surpresas, sobressaltos e o mais cruel deles, sem dúvida a ingratidão, que rima com traição.

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Marco Wense

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Marco Wense

Itabunense, Advogado e Articulista de Política

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