Lá em Salvador tem também PT 1 e PT 2, o que faz lembrar a política de Itabuna com seus "dois" PTs, o geraldista e o augustiano. Um defendendo o apoio à reeleição de Augusto Castro (PSD), o outro o retorno do ex-alcaide, que já governou o município por duas vezes.
O PT 1 soteropolitano defende a pré-candidatura do deputado estadual Robinson Almeida, postulante da legenda na disputa pelo cobiçado comando do Palácio Thomé de Souza.
O PT 2 quer o vice-governador Geraldo Júnior, do MDB dos irmãos Vieira Lima, Lúcio e Geddel, enfrentando Bruno Reis, que vai atrás do segundo mandato (reeleição) pelo União Brasil, que tem como secretário nacional ACM Neto.
Sabendo que as principais lideranças do lulopetismo caminham em direção à pré-candidatura de Geraldo Júnior, o pragmatismo do PCdoB e PV, que compõem uma federação junto com o PT, já começa a aflorar.
De pronto, o que logo se deduz, sem pestanejar, é que o nome da deputada estadual Olívia Santana, como prefeiturável do PCdoB, não passa de uma mentirinha protagonizada pela cúpula comunista da capital. Se tem ou não o consentimento da parlamentar é uma outra questão.
O PCdoB sabe que a pretensão de indicar o vice da majoritária encabeçada pelo emedebista Geraldo Júnior é um gigantesco pesadelo, uma inominável ingenuidade. O PV dispensa comentários.
Ora, ora, até as freiras do convento das Carmelitas sabem que é o Partido dos Trabalhadores que vai indicar o companheiro (ou a companheira) de Geraldo Júnior na chapa da base aliada jeronista, como costumo dizer.
O que se sabe é que esse desdém com a federação PT/PCdoB/PV vai terminar enfraquecendo o petismo. Com a defenestração de Robinson, sem dó e piedade, arquitetada nos porões dos bastidores, já é dada como favas contadas uma considerável e preocupante diminuição da bancada do PT na Câmara de Vereadores.
Não se faz mais "companheiro" como antigamente. Agora é vida de murici, que cada um cuide de si, do seu próprio quintal.
O PT versus PT vai deixando o lulopetismo da Bahia cada vez mais sem oxigênio, com dificuldade de respirar pelas suas próprias "narinas" e refém dos aliados, principalmente do PSD do senador Otto Alencar, que pretende ter o controle de 150 prefeituras.
O arrependimento vai vim na eleição de 2026, com o PSD dando às cartas do jogo e, como consequência, um pt com letras minúsculas, ficando à reboque dos partidos aliados.
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