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Política

PSD, REPUBLICANOS E A SUCESSÃO PRESIDENCIAL

Coluna Wense, 19 de setembro de 2025

Marco Wense
Por Marco Wense
PSD, REPUBLICANOS E A SUCESSÃO PRESIDENCIAL
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O União Brasil aprovou uma resolução que determina que filiados deixem os cargos que ocupam no governo Lula 3, sob pena de expulsão com base no instituto da fidelidade partidária. 

Outras legendas do chamado centrão, com destaque para o PSD e Republicanos, deveriam seguir o mesmo caminho do União Brasil, que deu um prazo de 24 horas para a debandada.

Já havia um entendimento no comando nacional do PT de que o PSD e Republicanos estavam só usufruindo das benesses dos cargos, mais especificamente dos ministérios, sem assumir nenhum compromisso com o quarto mandato de Lula  (reeleição). 

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Lá na frente, perto do pleito presidencial, logo depois das águas de março fechando o verão de 2026, PSD e Republicanos deixariam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a ver navios, dando um chega pra lá no seu desejo de permanecer por mais quatro anos como chefe dos dois palácios: o do Planalto e Alvorada. 

Até as freiras do convento das Carmelitas sabem que PSD e Republicanos não são partidos confiáveis. São governo em qualquer início de governo. Se o presidente de plantão estiver com a popularidade alta, com boa chance de reeleição, continuam firme no governo. Do contrário, um tchau sem agradecimento e, muito menos, um muito obrigado. 

Ora, ora, estava escancarado que era só uma questão de tempo para PSD e Republicanos passarem a ser oposição ao petismo no tocante à reeleição do presidente Lula. 

O Republicanos tem o seu presidenciável, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas. O mandatário-mor do PSD, Gilberto Kassab, é o secretário de Governo e Relações Institucionais do chefe do Palácio dos Bandeirantes. Um ferrenho tarcisista. 

Seria muita ingenuidade do lulismo acreditar no apoio do PSD e Republicanos à reeleição de Lula. Buscando um exemplo no reino animal, é o mesmo que colocar a raposa para tomar conta do galinheiro. 

Quanto aos Estados, pode haver uma compreensão por parte do comando nacional do PSD e Republicanos, aceitando que tomem decisões de acordo com o que for melhor para eleger (ou reeleger) seus candidatos a deputado federal, obviamente de olho nos fundos partidários e eleitorais. 

Na Bahia, por exemplo, o PSD, presidido pelo senador Otto Alencar, vai ter autonomia para decidir qual o melhor caminho do partido na sucessão do governador Jerônimo Rodrigues (PT). Essa decisão fica na dependência da composição da majoritária. Salta aos olhos que me refiro ao senador Angelo Coronel (PSD), a chapa puro-sangue petista, também rotulada de "Chapa da Soberba".

No mais esperar o que vem de cima para baixo, assentado no manda quem pode, obedece quem tem juízo, no mandonismo dos dirigentes partidários. Eles se comportam como proprietários da legenda. 

Costumo dizer que tem muita água para passar pelas pontes do pleito eleitoral de 2026, água limpa e suja.

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Marco Wense

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Marco Wense

Itabunense, Advogado e Articulista de Política

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