O pega-pega entre os senadores Jaques Wagner (PT) e Angelo Coronel (PSD) vai terminar sobrando para o MDB dos irmãos Vieira Lima, Geddel e Lúcio, que é o presidente de honra do emedebismo da Boa Terra.
Wagner, postulante à reeleição, que já governou a Bahia por duas vezes, quer uma majoritária 100% petista (ou puro-sangue). Nada de outra cor que não seja vermelha.
Angelo Coronel quer a mesma coisa de Wagner : se reeleger para a Câmara Alta. Tem como principal argumento o mesmo do petista : a naturalidade da sua candidatura.
O Coronel resolveu contrapor a declaração de Wagner com uma certa dose de ironia : "o apressado come cru". Com efeito, o Coronel é "osso" duro de roer.
E o MDB ? O melhor conselho é ficar bem atento. O lulopetismo vai arrumar um jeito de agradar o PSD, quem sabe até dando a vice na chapa, tirando do MDB a indicação.
O MDB não pode insistir na manutenção de Geraldo Júnior como vice. Vale lembrar que o emedebista, na disputa pela Prefeitura de Salvador, teve menos votos do que Kleber Rosa, então candidato do PSOL.
Outro lembrete é que o PSD foi a legenda que mais elegeu prefeitos no pleito sucessório de 2024. Em relação ao MDB, o placar é de 115 versus 32.
Na hora da onça beber água, quem vai sobrar é o MDB, que é o "marisco" nessa briga do rochedo com o mar. A imprescindibilidade do PSD para a conquista do segundo mandato do governador Jerônimo Rodrigues (PT) salta aos olhos.
Quanto ao também senador Otto Alencar, presidente estadual do PSD, que até agora não fez nenhum pronunciamento sobre a composição puro-sangue, o ditado popular que mais encaixa no seu silêncio é o de que "quem cala consente".
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